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Governo britânico quer alimentos mais saudáveis nos supermercados

Objetivo é tornar alimentos mais baratos para diminuir índices de obesidade e reduzir impacto sobre o sistema de saúde do país

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

O governo britânico lançou uma iniciativa para aumentar a oferta de alimentos saudáveis para a população do país. A ideia é que supermercados e fabricantes de alimentos atuem em parceria com o governo para diminuir os índices de obesidade, encorajando os consumidores a adotar opções de produtos mais saudáveis em suas compras.

Segundo representantes do governo, as empresas têm liberdade total para decidir como fazer isso, seja por meio de promoções, aumento da pontuação nos programas de fidelidade para itens saudáveis ou mesmo por mudanças no layout e no sortimento das lojas. Parte da dificuldade em aumentar a penetração de itens saudáveis na dieta da população está no preço: segundo a Food Foundation, uma cesta de produtos saudáveis de mil calorias custa, no Reino Unido, cerca de 8,80 libras, mais que o dobro de uma formada somente por itens processados (4,30 libras).

Os planos também envolvem alterações em produtos para torná-los mais saudáveis. O governo espera que a estratégia torne alimentos saudáveis mais acessíveis aos consumidores e diminua a pressão sobre o sistema nacional de saúde, o NHS. De acordo com a iniciativa, os principais varejistas associados ao programa reportarão suas vendas de alimentos saudáveis, em uma tentativa de aumentar a visibilidade sobre essa categoria de produtos. Metas de vendas serão definidas em parceria com a indústria.

Para o Secretário de Saúde Wes Streeting, a nova estratégia é ˜radicalmente diferente” do que o governo anterior, de maioria conservadora, vinha praticando. “Em vez de ditar os preços e o marketing dos produtos, vamos trabalhar em parceria com os supermercados para estimular uma alimentação mais saudável no país”, declarou.

De acordo com Streeting, uma redução de 50 calorias por dia na dieta das pessoas pode tirar 500 mil crianças e 2 milhões de adultos de uma situação de obesidade. Atualmente, mais de 20% das crianças estão obesas quando saem da escola primária, índice que, em regiões mais carentes, chega a quase 33% – custando cerca de 11 bilhões de libras ao ano ao sistema nacional de saúde.

A iniciativa, porém, vem sendo criticada pela oposição ao governo trabalhista do primeiro-ministro Keir Starmer. “Não é atribuição do governo dizer para as pessoas o que comprar. O estado não pode ser a babá de ninguém”, disse Helen Whately, deputada conservadora.

Os principais supermercadistas britânicos já se comprometeram com a ideia. “Todos os negócios de alimentação têm um papel essencial em oferecer produtos saudáveis e de boa qualidade a preços acessíveis. Por isso, consideramos a medida muito positiva”, disse Ken Murphy, CEO da Tesco. Para Simon Roberts, CEO da Sainsbury’s, a medida do governo é um passo importante em ajudar o país a se alimentar melhor. “Precisamos de uma ação coordenada de todo o setor alimentar para que essas iniciativas tenham um impacto real e duradouro”, acrescentou.

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