Por Renato Müller
A fusão entre Kroger e Albertsons, duas das maiores redes de supermercados dos Estados Unidos, foi colocada na geladeira pela Justiça americana. Uma decisão preliminar da juíza distrital Adrienne Nelson, a favor da argumentação da Federal Trade Commission (FTC) que foi contrária à transação de US$ 24,6 bilhões, impede que as varejistas sigam em frente com a combinação de suas operações.
Em setembro, as duas varejistas terminaram de ser ouvidas pela FTC, que também entrevistou mais de 30 especialistas para entender como o setor supermercadista seria impactado pela megafusão, os efeitos sobre os empregos e os fornecedores, e o plano de vender 579 lojas para a rede C&S Wholesale Grocers (uma companhia de atacarejo) para diminuir o grau de concentração em mercados-chave.
O procurador geral do estado de Washington, Bob Ferguson, já havia entrado com um processo em janeiro para bloquear a fusão, argumentando que ela limitaria severamente as opções de compra dos consumidores em várias regiões do país e provocaria aumento de preços. A ideia era evitar o que aconteceu no estado há 10 anos, quando a própria Albertsons adquiriu a rede Safeway e, nos anos seguintes, tirou a rival Haggen do mercado.
Ao ser ouvida nesse caso, a Kroger argumentou que a fusão ajudaria a reduzir os preços para os clientes, pois traria ganhos de sinergia e mais eficiência operacional para a companhia combinada.
Um terceiro pedido de revisão da fusão havia sido feito no fim de setembro no estado do Colorado, sob a argumentação de que a transação eliminaria a competição no mercado local, que já é bastante concentrado. Nesse caso, a decisão ainda está pendente.