As carnes bovinas acompanhadas pela tradicional “cervejinha” prometem, de fato, fazer as festas dos brasileiros durante o Natal e Ano-Novo em 2024. E para adoçar, chocolates devem ficar lado a lado na disputa pela preferência dos consumidores. Uma curiosidade: peixes ganham destaque. Além de ocupar um espaço de igual para igual frente às suínas, como pernil e lombo, desbancaram o chester, o peru e o tender.
A análise tem como base dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) a respeito das encomendas do setor para o período natalino. A pesquisa foi realizada de 24 de outubro a 27 de novembro e contempla todos os formados de supermercados.
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A projeção de crescimento no consumo na cesta de proteínas de origem animal é de 12%, sendo: peru (10%), bacalhau (10,8%), frango (11,5%), tender (11,7%), chester (11,8%), pernil (12,3%), lombo (12,4%), peixe (12,7%), ovos (14,4%) e carne bovina (14,4%).
No caso de bebidas, a estimativa é de aumento de 13% para toda a cesta, sendo: cervejas premium (11,7%), vinhos importados (12,2%), espumante (12,3%), destilados (13,3%), refrigerantes (13,3%), vinhos nacionais (13,3%), sucos (13,5%) e cervejas (14,2%).
Na cesta de mercearia doce, a previsão é de elevação de 11,4%, sendo: biscoitos especiais (9,5%), panetone especial (10,8%), panetone (11,8%), chocotone (12,3%) e chocolates (12,4%).
Importante destacar que, para as festividades, os supermercadistas aumentaram o número de produtos de fabricação própria. Segundo o levantamento da ABRAS, 85% dos supermercadistas planejam produzir itens sazonais de padaria e confeitaria, 57% ampliaram os itens de marca própria em mercearia seca, 35% em produtos industrializados e 25% em mercearia líquida (bebidas).
Proteínas animais
Em relação ao movimento verificado em proteínas animais, outra fonte corrobora as projeções da ABRAS. Atualmente, 29 milhões de brasileiros fazem churrasco toda semana e cerca de 33% dos lares escolhem esse modo de preparo para celebrar as festas de fim de ano, número 10% maior do que era em 2021. Entre esse público consumidor periódico de churrasco, a frequência do preparo é de, em média, 1,7 vezes por semana. As carnes bovinas são as mais presentes: 60% dos churrascos no Brasil têm essa opção, seguida de aves e linguiças.
O acém é o corte mais consumido de forma praticamente generalizada pelo Brasil, com maior importância na Grande São Paulo e Rio de Janeiro. A maior parte das compras de carnes é feita em supermercados (20,7% do volume), com tíquete médio de R$ 50,59. O açougue é responsável por 7,7% do volume consumido nos lares, mas com maior desembolso R$ 66,85.
Esse avanço no consumo de proteínas animais se deve especialmente à estabilização dos preços. O brasileiro faz atualmente, em média, quatro compras de proteínas por mês, uma missão a mais do que no ano passado. A maior concentração ainda é de aves, bovinos e suínos, que representam 64% do volume consumido no País. Os dados são do Painel de Uso e Consumo da Kantar, que reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.