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FCNA ABRAS: um catalisador para um Brasil mais sustentável

Encontro reafirmou o papel estratégico da cadeia de abastecimento no desenvolvimento econômico e social do País e na promoção da segurança alimentar

De Redação SuperHiper
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Por Redação SuperHiper

Por definição, um catalisador é uma substância que acelera uma reação química sem ser consumida no processo. Em termos simples, é um “agente acelerador” que ajuda as reações a acontecerem mais rapidamente, mas não é usado no processo. É justamente esse o papel das propostas elaboradas e debatidas no 5º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento (FCNA) ABRAS realizado nesta quinta-feira, 10 de junho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. O Fórum reafirmou o papel estratégico da cadeia de abastecimento no desenvolvimento econômico e social do País e na promoção da segurança alimentar.

Durante o evento, o presidente da ABRAS, João Galassi, entregou ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o Manifesto Coletivo de Apoio ao Fórum, assinado pelas 16 entidades que integram a iniciativa. Esse gesto simbolizou o compromisso conjunto da cadeia nacional de abastecimento com o desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável do Brasil.

Além de Alckmin, o Fórum recebeu a presença de executivos das 16 associações de classe empresarial, que compõem esse ecossistema que movimenta mais de 200 cadeias produtivas, distribuídas em 90 categorias e cerca de 240 mil produtos únicos, especialmente de quatro principais segmentos de itens essenciais para a vida da população alimentos, bebidas, higiene e limpeza.

O evento reuniu ainda outras autoridades do poder público: o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy; o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf; dos senadores Efraim Filho (União-PB) e Izalci Lucas (PL–DF); e dos deputados federais:  Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Luiz Gastão (PSDB-CE) e Zé Neto (PT-BA).  

Como o Fórum tem o apoio institucional de organizações, como o Centro de Excelência Contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da ONU – WFP / Brasil, e a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, bem como da consultoria internacional KPMG, o FCNA envolveu também a participação ativa de seus representantes.  

A realização do FCNA 2025 marcou mais um passo na consolidação de um espaço de diálogo permanente e propositivo entre os setores produtivos e o poder público, promovendo uma agenda comum para o abastecimento eficiente, justo e sustentável no Brasil.  

A edição de 2025 reforçou cinco temas centrais da agenda estratégica definida pelo Fórum, com proposta e apresentação de projetos de lei ao parlamento:

1) REDUÇÃO DE CUSTOS – REFORMA TRIBUTÁRIA

ANTECIPAÇÃO DA CESTA BÁSICA NACIONAL DE ALIMENTOS

“Poder reunir visões tão diferentes é extremamente importante. E a aprovação da reforma tributária com a cesta básica isenta foi uma grande conquista”, afirmou o presidente da ABRAS, João Galassi.

2) CONSUMO CONSCIENTE – ECONOMIA CIRCULAR

DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS AOS BIODIGESTORES

“No âmbito do varejo precisamos de projetos que melhorem a nossa eficiência operacional e reduzam custos. Hoje, há tecnologia viável para fazer o redirecionamento de resíduos orgânicos de forma estruturada e eficiente envolvendo o biometano, que pode ser reaproveitado nas lojas, por exemplo, como combustível para empilhadeiras. Mas, para isso, necessitamos de um ‘pool’ de empresas para alcançar os volumes necessários”, disse o primeiro vice-presidente da ABRAS e diretor-executivo de Relações Institucionais do Assaí, Paulo Pompilio. 

3) REDUZIR O DESPERDÍCIO – ADOÇÃO DO “BEST BEFORE” NO BRASIL 

O Brasil vive uma grave contradição social e econômica: enquanto milhões de pessoas enfrentam a fome e convivem com algum grau de insegurança alimentar, o País desperdiça cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos por ano. Uma das principais causas desse desperdício, é o atual modelo rotulagem de prazos de validade, impedindo a comercialização e consumo após o prazo de validade.

Essa rigidez conduz ao descarte de alimentos ainda seguros e adequados, gerando impactos negativos, não apenas para as famílias brasileiras, mas também para o meio ambiente e para a economia.

Pela proposta do Fórum, os alimentos não perecíveis, receberão no lugar da marcação no rótulo de validade “até”, a marcação “consumir preferencialmente até”, podendo o produto ser vendido e consumido após a data desde que respeitada regras de conservação. 

4) COMBATE À FOME – CONECTAR O MAPA DO DESPERDÍCIO AO MAPA DA FOME

ISENÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE DOAÇÃO DE ALIMENTOS

“Na   Pesquisa de Eficiência Operacional, realizada pela ABRAS, detectamos uma melhora muito grande nos índices entre os produtos não perecíveis devido à prática dos supermercados de oferecer itens próximos ao vencimento com descontos. Ao fazer essas medições sobre onde estão nossas eficiências e ineficiências, conseguimos encontrar alternativas para a redução do desperdício que geram ganhos para o meio ambiente, a sociedade e o consumidor”, afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais e Administrativo Marcio Milan. 

5) DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – CONSUMO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS PROTEÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA CONTRA OS IMPACTOS DAS APOSTAS ON-LINE

“Aliás, nas “bets” eu acho que nós devíamos aplicar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) que prevê publicidade enganosa. Você dizer que a pessoa vai ficar rica ou milionária jogando em “bet” é claramente uma publicidade enganosa. Também devem ter limites envolvendo publicidade de questões que levem a doenças, caso dos cigarros e das bebidas alcóolicas. A ludopatia, o vício do jogo não é ganhar, é jogar. A pessoa ganha e continua jogando. Gostei da proposta de vocês de aumentar o tributo. Isso vai evitar que muitas famílias sejam prejudicadas”, disse o ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. 

 “Por que não taxar uma atividade que menos emprega e menos paga impostos no País, que são as “bets”? Na minha visão, elas deveriam receber o mesmo tratamento tributário dado a outros segmentos que geram dependência, entre eles cigarros”, afirmou o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Joaquim Passarinho (PL-PA). 

Importante destacar que, a exemplo de cada edição, será lançado e publicado, futuramente, o relatório da 5ª. edição do FCNA ABRAS com o resumo e conclusão dos debates para prosseguirmos com a sua evolução.

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