A seca em Manaus, que prejudicou a navegação no rio Amazonas e provocou prejuízo às empresas que têm unidades na região, em 2023, pode ser ainda pior neste ano.
Muitos negócios tiveram que diminuir a produção, já que não tinham recebido insumos para a fabricação dos produtos.
A Extrusa Pack, uma das maiores fabricantes de embalagens plásticas do país, se antecipou e estocou o equivalente a quatro meses de produção de matéria-prima nas plantas de São Paulo e do Rio de Janeiro, para que os varejistas recebam o produto e possam atender os consumidores que não abrem mão da qualidade das sacolas e sacos para lixo da Extrusa.
“A parte mais crítica é marcada por um banco de areia na região de Tabatinga. Será montado um miniposto na região. Os produtos serão levados de balsa até lá, para que facilite o escoamento da produção. A Extrusa promove ações juntamente com os armadores”, afirma Alexandre Tatemoto, gerente da planta de Manaus da companhia.
“Estamos fazendo todo o possível na região para que o matéria-prima chegue nas nossas plantas e não faltem produtos para os nossos clientes”, garante Gisele Barbin, gerente comercial da Extrusa Pack.
A seca recorde na Amazônia, em 2023, é chamada de devastadora, já que provocou muitos problemas ao polo industrial de Manaus (PIM), que repercutiram em todo o país.
Aproximadamente R$ 1,4 bilhão foi o total adicional gasto, por parte das empresas, para transportarem produtos. Entre os meses de outubro e novembro a estiada fez com que o Rio Negro, por exemplo, atingisse 12,7 metros de profundidade, o menor nível em mais de um século.