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Expansão do jeito que der – parte 2

De Administrador SH
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A incessante busca por novas unidades é uma constante no nosso meio supermercadista. As redes americanas passam por um bom momento neste quesito, desde que elas sejam mais flexíveis nas suas exigências imobiliárias.
Se voltarmos 20 anos, a maioria das novas lojas era construída exatamente como queriam os donos das redes, ou como especificavam seus departamentos operacionais e comerciais. Assim podiam manter um padrão físico que satisfazia as características comerciais da sua rede, mantendo uma homogeneidade em suas lojas.

Pesquisas de mercado selecionavam região, bairro, rua e o imóvel. Aí os projetos eram desenvolvidos e as lojas construídas e equipadas seguindo seus padrões.
Hoje quase metade das novas lojas, nos Estados Unidos, tem surgido através de imóveis já existentes, outros negócios de varejo ou serviço que por situações de mercado foram fechados. Estou falando de cinemas, lojas especializadas, depósitos, pequenos shoppings, entre outros, desde que estejam em áreas focadas pela rede e possam, a baixo custo, serem transformadas em um bom supermercado.

No Brasil este fenômeno ou esta tendência era muito usado na década de 1960 e 1970. A adaptação de um imóvel para supermercado nos centros de cidades interioranas era comum. Havia, no entanto, redes que cresceram construindo suas lojas e não abrindo mão de suas características, como se isso também fosse uma ação mercadológica de reforço de sua imagem.
O melhor exemplo desta filosofia de crescimento, no Brasil, foi a rede Sendas, do querido e saudoso Artur Sendas.

A década de 1980 foi caracterizada pela expansão dos hipermercados. Como exigia áreas de construção de 15 mil a 22 mil metros quadrados, ou eram construídos na periferia das cidades ou em raras grandes adaptações de prédios já existentes nas áreas mais nobres.Hoje em dia parece que todas as opções são válidas no Brasil.
Os supermercados têm surgido de prédios adaptados, de novas construções, de transformações de formatos, de utilização de campos de futebol e, principalmente, como o negócio do momento é o comércio de proximidade, como os supermercados de proximidade, ou lojas de vizinhança, as empresas estão adaptando prédios pequenos em áreas residenciais, mas em ruas comerciais, para crescer com o formato. É crescer do jeito que der.

* Antonio Carlos Ascar é estudioso das tendências mundiais do varejo de autosserviço. Graduado e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV (SP), e especialização em Empreendedorismo pela Babson College de Boston (EUA). É autor do livro Glossário Ascar de Termos Supermercadistas e do livro Distribuindo as Camisas, (foto ao lado – à venda nos sites www.submarino.com.br e www.extra.com.br). Por 31 anos foi diretor executivo do Grupo Pão de Açúcar, implantou diversos formatos de loja como: Extra, Minibox, Superbox, Peg Faça, Express, entre outros. Atualmente é consultor e sócio diretor da Ascar & Associados, empresa de consultoria que atua na prestação de serviços a redes supermercadistas. Ascar é também consultor de varejo da Abras e articulista da revista SuperHiper, publicação Abras. www.ascarassociados.com.br

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