Quinta maior rede supermercadista do País, segundo o Ranking ABRAS 2024, o Supermercados BH passa por um momento de expansão muito importante, de acordo com o proprietário Pedro Lourenço de Oliveira. “Todo ano é muito especial para o BH, mas 2025 é um ano atípico, né? Nós compramos a rede Bretas, com 54 lojas, e vamos chegar a várias regiões nas quais a gente não tinha unidades. Além disso, ainda vamos abrir mais 18 lojas até o fim do ano”, afirmou o empresário, em entrevista exclusiva sobre o Cruzeiro a O TEMPO Sports. A expectativa é que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) dê o parecer sobre a compra em até 60 dias. Em 2024, o faturamento do BH foi de R$ 17,3 bilhões.
“Pedrinho”, como é conhecido, revelou que tentou comprar a operação da rede Bretas em Goiás, mas essas unidades ficaram para uma segunda fase de negociação entre o Supermercados BH com a multinacional chilena Cencosud. “Se eu tiver oportunidade, quero expandir para Goiás. Agora, o Rio de Janeiro e São Paulo, eu não sei”, disse o empresário.
No total, a rede Supermercados BH tem mais de 300 lojas, sendo mais de 40 no Espírito Santo. Em até três anos, a expectativa é ter mais de 60 unidades no estado vizinho a Minas Gerais, estando presente na grande maioria dos 78 municípios capixabas.
Enquanto isso, outras redes têm entrado em contato com Pedro e seus filhos, oferecendo operações para serem adquiridas. “Neste ano, eu não posso comprar, porque eu adquiri a rede Bretas e mais umas lojas no Espírito Santo. Tem que ficar nessas aí e ser profissional”, adiantou.
A rede Supermercados BH nasceu em 1996, quando “Pedrinho” assumiu uma mercearia no bairro São Benedito, em Santa Luzia (MG). Segundo ele, o segredo do sucesso de seus supermercados está em tratar todas as pessoas igualmente – sejam elas ricas ou de menor poder aquisitivo. O mix de produtos pode até variar conforme a localização das lojas, mas os preços são os mesmos.
A elevação da taxa básica de juros e a perspectiva de redução no crescimento da economia brasileira, somados a um cenário de inflação e recessão nos Estados Unidos, não devem atrapalhar os planos de expansão de sua empresa, garante Oliveira. “Essa palavra crise lá no nosso supermercado nunca teve, né? E eu espero que nunca vá ter. Então, eu acho que vai piorar mais é para os Estados Unidos, porque quando se taxa, se aumenta o imposto, cresce o valor da mercadoria. Mas isso não vai afetar o Brasil, porque temos autossuficiência de muitas coisas”, disse.
Fonte: O TEMPO Sports