Live Supermeeting contou com a participação da Autonomia Total e das redes varejistas Condor (PR) e Jaú Serve (SP)
Mais eficiência, menos perdas e mais rentabilidade para o negócio. O caminho para se obter essa trinca poderosa no ramo varejista foi trilhado durante o encontro ocorrido nesta terça-feira (27) na 7ª Live Supermeeting ABRAS, transmitida ao vivo pelo canal da entidade no Youtube. O tema principal foi Como aumentar sua eficiência e reduzir as perdas e contou com as presenças de Fernando Saldanha, diretor de Expansão da Autonomia Total, patrocinadora do evento, e dos varejistas Eder Motin, controller do Condor Supermercados (PR) e Lilia Coelho, controller da rede Jaú Serve (SP). Celso Furtado, vice-presidente de Vendas e Marketing da ABRAS, foi o anfitrião do encontro e deu início às discussões do grupo.
O primeiro a se manifestar foi Fernando Saldanha, da Autonomia Total, que destacou que ali estava para compartilhar algumas dicas de como os varejistas podem aumentar a margem de lucro e reduzir as perdas com base nas soluções de eficiência energética desenvolvidas pela companhia. “O que é eficiência energética? É fazer mais com menos”, perguntou e já respondeu Saldanha, em sua primeira participação no evento.
Após o pontapé inicial de Saldanha, o moderador Gernaldo Gomes, coordenador do Comitê de Prevenção de Perdas e Desperdícios de Alimentos ABRAS e profissional da Coop, ressaltou sobre a competitividade nos dias de hoje com o comércio eletrônico em alta e também as já conhecidas margens apertadas praticadas no setor. Diante de tal cenário, investir em prevenção de perdas é o caminho. “O que a gente não tem mais dúvida é que isso deve ser feito de modo estratégico. Cada vez mais a gente precisa aumentar a produtividade. Ou seja, fazer mais com menos ou no mínimo fazer mais com o mesmo, diminuir todos os gastos, despesa, custo, perdas”. Para Gomes, o varejista precisa observar e discutir sobre o conceito de perda ampliada porque o supermercadista já tem a margem baixa, então a solução é trabalhar despesas como a conta de energia elétrica, por exemplo. “Como pagar menos, gastar menos, ser mais produtivo e reduzir os desperdícios? É sobre isso que vamos conversar hoje”, enfatizou o moderador da live.
Para descobrir como os convidados investem e têm maior eficiência energética, Gomes perguntou para Lilia Coelho, da Jaú Serve – que tem também formação em engenharia elétrica – como que os supermercadistas podem atuar para minimizar esse gasto tão relevante para o negócio e como isso ocorre dentro da rede paulista.
Lilia Coelho disse o que, no fundo, todo mundo pensa: “Ninguém quer desperdício e perda em casa, no trabalho, no país e em lugar nenhum porque isso só traz prejuízos”. E, segundo ela, não é preciso ter uma formação em engenharia elétrica para dar conta do problema. É preciso tentar entender as causas do consumo energético. “Por que será que uma unidade, que tem metragem e equipamentos semelhantes das demais, está consumindo mais?”, indagou Lilia, que na sequência respondeu que “é necessário identificar as causas e buscar as melhores oportunidades para que a gente possa reduzir esse gasto”.
Com base em sua experiência, a executiva comentou que gosta muito de usar indicadores comparativos entre suas lojas. Lilia Coelho compartilha com os convidados e a plateia virtual que primeiro faz uma comparação de gasto de consumo de energia de uma loja com a outra, com base na metragem de cada uma delas. “Também posso fazer a comparação com base no número de check-outs da loja porque hoje o checkout é o medidor de quanto, mais ou menos, tem capacidade de venda. Ninguém vai ter check-out sobrando, porque seria ineficiente, e nem faltando, porque também seria ineficiente”, explica Coelho. Outros bons indicadores, de acordo com a controller, é analisar se a varejista está pagando energia que não está sendo usada. Nesses casos, ela recomenda – caso não haja um conhecedor técnico dentro da empresa – fazer uma parceria com profissionais do ramo para que a energia possa ser consumida de forma adequada.
Para Eder Motin, da rede Condor, Gomes questionou sobre o mercado livre e quais são as estratégias aplicadas na rede paranaense. Motin fez questão de iniciar a sua fala trazendo o conceito de despesa como sendo “um sacrifício para se obter a receita. Ou seja, o gasto com a energia é um sacrifício que tem que ser bem feito, a gente tem de otimizar ele com produtividade”. O executivo compartilhou que na média nacional de varejo, o gasto energético é a terceira conta. Isto é, ela representa 35% das despesas. Motin revelou que quase todas as lojas da rede Condor estão no mercado livre. “As seis que faltam já estão contratadas. Quando iniciamos, em 2010, a gente tinha 1,05 ponto percentual sobre a receita. Hoje, essas mesmas lojas estão em 0,86 p.p da receita. Se a gente trazer isso para valor e falar em percentual, estou com 18,21%, ou seja, quase 20% de economia do mercado livre”, contabilizou Motin.
Outro ponto básico, porém, fundamental, trazido pelo executivo foi sobre a instalação de lâmpadas led, que duram 20 vezes mais do que as normais. Motin também discutiu sobre os domus prismáticos. “Eles são como uma cobertura de ônibus, só que são transparentes e ficam no telhado. A luz entra na loja e há um sistema de iluminação dimerizada, que se ajusta automaticamente. Ou seja, quando a luz solar entra, em alguns momentos apagam as luzes dentro da loja. Além disso, eles filtram os raios solares e ultravioletas. Deixa o ambiente mais agradável”, explica em detalhes o executivo do Condor.
Com mais de duas mil pessoas online –representadas porprofissionais do varejo desde a base até CEO – e um tema um pouquinho mais complexo, Gernaldo Gomes pediu para o especialista Fernando Saldanha explicar o que é eficiência energética e quais os passos que o varejista precisa percorrer para garantir essa eficiência energética. As explanações de Fernando Saldanha e as demais observações e opiniões de Eder Motin e de Lilia Coelho sobre o assunto você poderá conferir em detalhes na matéria completa na próxima edição da revista SuperHiper.