Por Renato Müller
A luta do varejo contra os furtos nas lojas ganhou um novo round com a decisão de vários supermercados americanos de adotar medidas extras de segurança. Nada tão radical quanto nas farmácias de Nova York, em que quase todo o mix está trancado em armários – mas ainda assim um sinal de que os índices de criminalidade preocupam o setor.
A rede Kroger disse que 6 supermercados na região de Columbus, no estado de Ohio, passaram a fazer verificações aleatórias das notas fiscais dos clientes. Segundo a empresa, a medida foi bem recebida tanto pelos colaboradores das lojas quanto pelos consumidores. Além disso, não é mais permitido entrar nesses pontos de venda com malas ou mochilas – e pode haver revista em bolsas carregadas pelos consumidores.
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Já na rede Giant Food, desde 23/05 os clientes não podem entrar nas lojas com malas ou mochilas, nem com bolsas grandes (à exceção de sacolas de compras reutilizáveis). A política foi adotada em lojas com alto volume de perdas para, nas palavras da empresa, “mitigar os níveis de furtos sem precedentes, que se tornaram insustentáveis para o negócio”.
Outra medida para reduzir furtos é eliminar os terminais de self checkout das lojas. O Walmart adotou essa saída em lojas de várias cidades, uma solução seguida por Dollar General e Schnucks. A rede Safeway adotou essa saída em algumas lojas na região de San Francisco, além de incorporar terminais de leitura de recibos que só liberam a saída dos clientes depois que o sistema confere o conteúdo das sacolas.
Se essas iniciativas serão suficientes para coibir os furtos e a sensação de “vale-tudo” nas lojas, só o tempo dirá. Mas ficou claro que esse passou a ser um problema sério para as empresas.