Por Renato Müller
Os terminais de self-checkout podem ser uma ferramenta importante para que os supermercados ofereçam uma experiência de compra mais positiva para os clientes. Essa é uma das conclusões de um estudo realizado pela KPMG e pelo EHI no mercado alemão – considerado um dos mais avessos ao uso de tecnologia na Europa.
De acordo com o “Technologien im Einzelhandel: der autonome Kassenprozess” (“Tecnologias no Varejo: o processo de checkout autônomo”), esse tipo de sistema é usado com mais frequência pelos consumidores mais jovens – o que seria de se esperar. O público de mais idade, porém, também reconhece cada vez mais os benefícios do uso da tecnologia.
Segundo o executivo do EHI, Dr. Tobias Röding, o self-checkout dá mais autonomia para que o consumidor percorra a experiência de compra do varejo. “Ao usar os caixas tradicionais, o cliente fica dependente do tempo de escaneamento dos produtos e do processamento do pagamento. O self checkout se torna, para muitos consumidores, uma opção mais rápida que dá liberdade e gera uma percepção de uma experiência mais positiva. E isso independe da idade do cliente”, analisa.
O estudo mostra que 22% dos consumidores até 45 anos utilizam self-checkout com regularidade, o dobro do índice de uso da população entre 45 e 65 anos. No público entre 18 e 24 anos, 71% utilizam a tecnologia com frequência.
Entre os que usam regularmente os self-checkouts, as principais razões para o uso são a economia de tempo, a flexibilidade e a independência – 62% dos consumidores gostam de gastar menos tempo com esse modo de pagamento e 58% dizem valorizar a independência no processo de compra. Por outro lado, há pontos de melhoria: 40% dizem que a operação do self-checkout é muito complexa e 37% se sentem estressados.
Outro ponto relevante é o uso de Inteligência Artificial para melhorar os processos de pagamento. Três em cada cinco entrevistados consideram positiva a ideia de uso de IA para fazer a verificação automática da idade dos consumidores, 53% ficariam satisfeitos com descontos personalizados baseados em IA e 64% também veem potencial para a IA superar barreiras para deficientes visuais e/ou auditivos.