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Entre seniors e Geração Z: para onde avança a Morrisons

Rede britânica de supermercados mostra na NRF Europe como está se reinventando com base em tecnologia, cultura e foco no cliente

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

A rede britânica de supermercados Morrisons, uma empresa que completa 125 anos de história em 2025, olha para o passado com respeito, mas avança para construir seu futuro. Nesse processo, precisa vencer um desafio geracional.

Em um dos painéis da NRF Europe, que acontece nesta semana em Paris, Rami Baitiéh, CEO da varejista, conta que hoje mais de 60% de seus clientes têm acima de 55 anos. “É um público tradicionalmente desconsiderado pelas estratégias de marketing e com o qual temos uma relação muito forte. Não podemos perdê-los, mas ao mesmo tempo temos de atrair novos consumidores, como a Geração Z e famílias jovens”, conta.

Para isso, a empresa vem atuando em diversas frentes. Sua expansão de lojas, por exemplo, tem como foco cidades com grande população universitária, como Leeds, Oxford e Bath. O sortimento das lojas vem sendo enriquecido com itens internacionais, aumentando a atratividade junto a estudantes estrangeiros. Já o programa de fidelidade da companhia tem usado Inteligência Artificial para entender melhor os hábitos de compra dos consumidores e aumentar a personalização das ofertas.

Com base em uma estratégia comercial chamada de “triângulo de valor”, a Morrisons procura focar sua proposta em preços justos, promoções relevantes e no programa de fidelidade. “Os clientes compram com um orçamento fixo, não importa se buscam itens básicos ou premium. Nosso papel é ajudá-los a viver dentro de suas possibilidades”, comenta Baitiéh.

Para garantir crescimento sustentável para o negócio, mesmo diante da concorrência com rivais com mais musculatura, a Morrisons desenvolveu o programa estratégico Morrisons Magic, baseado em três pilares: simplificação das operações e estruturas, inovação a partir do uso de tecnologia e engajamento dos líderes e colaboradores para acelerar a transformação do negócio. “Inovação não é opcional: ela precisa estar presente em produtos, tecnologia e nas interações com os clientes. E sem contar com uma cultura de alta performance, não é possível inovar na velocidade e intensidade necessárias”, completa o CEO.

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