No Dia Mundial da Agricultura, celebrado nesta quinta-feira (20), SuperHiper traz o estudo inédito “Comportamento do Consumidor FFLV: barreiras e oportunidades” elaborado pela Ilumeo em parceria com a Fruto Agrointeligência. Entre os destaques está a preferência pelas compras presenciais de flores, frutas, legumes e verduras.
No caso de frutas, legumes e verduras, os supermercados são os líderes com 82%, seguidos pelas feiras livres com 63%. Por sua vez, as vendas on-line estão na lanterna com 7%. Quando se trata de flores, as floriculturas lideram com 90% ante 46% dos supermercados e 22% das vendas on-line.
Por gênero, as mulheres estão à frente em todas as categorias: flores (77%), frutas (56%), legumes (59%) e verduras (75%). Entre os homens, os patamares são: flores (23%), frutas (44%), legumes (41%) e verduras (25%). No caso da faixa etária, 56% correspondem a pessoas de 28 a 43 anos. Quando analisadas as classes sociais, os que consomem mais FFLV pertencem às faixas C (48%) e B (37%). O menor índice, de 2%, foi verificado entre pessoas da classe E. No caso de ciclo de vida da família, o destaque recai sobre casados com filhos pequenos (40%). Já quanto às praças do País, o Sudeste lidera com 61% e maioria dos consumidores vive em capitais (63%). Os dados de coleta têm como base o Índice de Potencial de Consumo (IPC).
Quanto à motivação para o consumo, 55% não seguem dieta específica, 7% são vegetarianos e 2% veganos. Curiosamente, o estudo detectou que 24% adotam uma dieta com restrição a açúcar. No caso das flores, a maior influência vem da sustentabilidade (55%).
Ao serem questionados sobre quais itens vêm primeiro à cabeça na hora de consumir os itens, independentemente de isso ocorrer, de fato, entre as flores, a rosa lidera com 48%. Quanto às frutas, reina a banana com 9%. No caso dos legumes, cenoura e batata são os destaques com, respectivamente, com 25% e 23%. Por sua vez, no caso das verduras, a campeã é a alface com 37%.
Em relação a frutas, legumes e verduras, 85% declaram consumir mais de três vezes por semana. Sobre ocasião de consumo, as frutas são ingeridas ao longo do dia. Já legumes e verduras se concentram em dois momentos bem definidos: o almoço e o jantar. Nas três categorias, o consumo no domicílio prevalece frente ao realizado fora do lar, assim como a preferência por produtos nacionais (cinco em cada dez pessoas) e por itens orgânicos (44%). Entre os atributos mais valorizados estão aparência (57%), preço (56%) e sabor (52%). Preço e achar produtos de qualidade são as principais barreiras.
No duelo com outras categorias, as frutas vencem todas: barra de cereal, salgadinho, iogurte e doce porque são consideradas mais saudáveis. Já legumes e verduras perdem para a dupla arroz e feijão, mas ficam à frente dos ovos.
Já quanto às flores, a maior parte do consumo (49%) ainda é esporádico. O grande desafio é fazer do item algo mais presente no dia a dia e não apenas para decorar a casa ou como uma opção presenteável em ocasiões especiais. O principal impulsionador para compra/uso de flores é o visual e estética dos itens (57%). E, de novo, o preço entra como impeditivo número um para não adquirir esses produtos. Contudo, flores estão à frente de velas aromáticas, chocolates, objetos decorativos e vinho como opção para presentear.
Um ponto de atenção recai sobre à baixa percepção que as marcas possuem quando se trata de FFLV. Do total de entrevistados: 51% não lembram de nenhuma. Apenas duas: uma de venda de flores on-line e um grande entreposto de FLV foram mencionadas. Ou seja, existe aí uma oportunidade a ser trabalhada com os consumidores.
Os dados acima mencionados fazem parte um estudo quantitativo envolvendo 1.324 questionários on-line, homens (33%) e mulheres (67%), de 18 a 60+, das classes A/B/C/D/E em todo o País, de 5 a 13 de fevereiro de 2025. O material foi divulgado, em primeira mão, durante o segundo café da manhã do ano realizado pela International Fresh Produce Association (IFPA), em Vinhedo, no dia 11 de março, em Vinhedo (SP).
Geração Z
Quando o assunto é entender os hábitos de consumo da chamada geração Z – nascida entre 1997 e 2012 – a revista Hortifruti Brasil, publicação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com base no estudo “Appetite for Growth 2024” (ou “Apetite pelo crescimento 2024”, em português) destaca que essa faixa da população não busca apenas um produto, mas a experiência que ele pode proporcionar.
Portanto, para incentivar o consumo de FLV entre esse público, é preciso estar atento aos seguintes pontos. Essa geração não costuma ter pressa na hora de consumir alimentos, mas também não quer perder tempo no preparo; procura ler o rótulo dos alimentos e tende mais a escolher um produto diferenciado em comparação às gerações anteriores. Esses consumidores também têm interesse maior na procedência e no processo de fabricação dos itens e são mais engajados quanto à sustentabilidade.