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Crimes aumentam 18% no varejo americano

Ameaças ou atos de violência contra os colaboradores das lojas subiram 17% no ano passado, segundo a NRF

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

O varejo americano vive um momento de crise. A alta dos preços e a piora da condição de vida da população dos Estados Unidos tem levado a um aumento do volume de furtos e roubos nas lojas – com um crescimento correspondente no número de casos de violência contra os colaboradores do varejo.

Segundo o estudo “The Impact of Theft & Violence 2025”, produzido pela National Retail Federation (NRF) e pelo Loss Prevention Research Council, em 2024 houve um aumento de 18% no número médio de incidentes reportados pelos varejistas. No mesmo período, o volume de ameaças físicas ou atos de violência contra os times das lojas avançou 17%.

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O estudo ouviu executivos de nível sênior nas áreas de prevenção de perdas e segurança de 70 grandes varejistas, representando 168 bandeiras em diversos segmentos. “O varejo tem convivido com níveis crescentes de furtos, roubos, fraudes e violência, mesmo com o aumento das medidas de segurança, o uso de tecnologia e parcerias com as autoridades para coibir o problema”, comenta David Johnston, vice-presidente de Proteção de Ativos e Operações de Varejo da NRF.

Para o executivo, os resultados seriam ainda mais alarmantes se o varejo não estivesse fazendo sua parte. “Temos visto que quadrilhas vêm ampliando sua ação, tirando partido da demora das autoridades em agir e dos orçamentos limitados dos varejistas”, acrescenta.

Os dados do estudo mostram que os criminosos estão indo além dos tradicionais furtos de produtos nos pontos de venda e passaram a explorar outras vulnerabilidades. Cerca de 70% dos varejistas perceberam aumento nos golpes por telefone, 55% viram crescer as fraudes no e-commerce, 52% tiveram aumento nos furtos de produtos e 50% viram alta nos roubos de carga.

Em resposta às ameaças, o varejo tem investido em segurança externa e interna, proteção física dos produtos mais visados (com alarmes e colocação dentro de armários) e uso de recursos como câmeras, aumento da iluminação nas lojas, leitores de placas de automóveis, cofres e mudanças no layout dos pontos de venda.

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