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Consumo sofre mudanças com alta dos preços, diz Kantar

De Administrador SH
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Nos últimos 8 meses, disparou o consumo de proteínas baratas em substituição à carne bovina

A pandemia da Covid-19 segue impactando os hábitos dos brasileiros. De acordo com a edição mais recente do Consumer Insights, estudo produzido pela Kantar, 62% dos gastos com alimentação e bebidas não alcoólicas foram em consumo dentro do lar e apenas 38% fora do lar. O impacto já reflete numa queda de 12% em valor em comparação ao primeiro trimestre de 2020, e isso traz grandes mudanças no comportamento de compra e uso do brasileiro.

O impacto do preço trouxe grandes mudanças no cardápio e na rotina de preparo de refeições dos brasileiros. Com a alta no preço da carne (bife e filé), viu-se uma tendência de migração para proteínas mais baratas. Do último trimestre de 2020 para os primeiros três meses deste ano houve um expressivo aumento do consumo de carne de sol na classe AB, salsicha na DE e hamburguer na C.

Outra opção que cresceu no cardápio das classes mais baixas foi o mingau. Foi o 8º prato em ocasiões de consumo, mostrando que a necessidade de ‘fazer caber no bolso’ foi uma das razões para este preparo, que aumentou no jantar (+8 pontos de penetração), lanche da manhã (+3,9 pontos de penetração), ceia (+2,8 pontos de penetração) e carry out, popularmente conhecido como marmitas (+1,9 ponto de penetração).

Aliás, as marmitas se tornaram uma boa solução para diminuição dos gastos fora de casa entre os consumidores de classes mais baixas. Destaque para os lanches frios, que fizeram com que pão industrializado crescesse 11 pontos de penetração na classe DE, o que equivale a mais de 6,2 milhões de novos lares comprando a categoria entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano. E que também tornaram o presunto a proteína da vez, ganhando 14,8 pontos de penetração em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, um ganho de mais de 8,4 milhões de novos lares.

A recente alta dos preços de bens de consumo massivo (FMCG), a nova onda da COVID-19 e o ritmo lento da vacinação e da retomada do auxílio emergencial, bem como seu menor valor, são os principais propulsores dessa queda e resultam em menos unidades no carrinho de compras. O valor da cesta de consumo massivo aumentou mais de 8%, mas houve uma queda de 5% em unidades no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado.

Já a entrega de comida em domicílio e o uso de aplicativos se consolidaram nas classes mais altas, sendo pizzas, fast food, pratos e bebidas não alcoólicos as categorias campeãs de pedidos via delivery. E para o consumidor tradicionalmente de fora de lar que se viu em isolamento social, o tíquete médio gasto com entrega em domicílio chegou a dobrar, passando de R$ 33,96 para R$ 57,80.

A elevação dos preços também impactou o setor de limpeza, que vinha num consistente crescimento desde o começo da pandemia. Depois do pico de consumo no final do ano passado, todas as categorias sofreram retração em unidades compradas. E os consumidores passaram a adquirir mais itens com descontos, principalmente nas classes AB e DE, mostrando que as promoções nos pontos de venda foram relevantes para o desempenho das marcas neste trimestre.

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