O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 1,25% em abril, comparado a março, conforme monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Frente ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 2,63%. De janeiro a abril, o indicador acumula alta de 2,52%. Todos os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) e abrangem todos os formatos de supermercados.
Segundo Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, “embora o crescimento de 1,25% em abril, influenciado pela sazonalidade da Páscoa, possa parecer modesto, ele ocorreu sobre uma base comparativa elevada, já que, em março, o consumo avançou expressivamente 6,96%. Esse resultado atípico no mês anterior reduziu o espaço para um crescimento mais robusto. Ainda assim, o consumo na semana da Páscoa cresceu 16,5%, evidenciando o impacto positivo da data no consumo das famílias”.
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Entre os recursos extras que movimentaram a economia e deram suporte ao consumo em abril estão: a liberação escalonada de R$ 12 bilhões via Saque-Aniversário do FGTS; a distribuição de valores do Programa Pé-de-Meia; o repasse de recursos do Bolsa Família, que destinou R$ 13,66 bilhões a 20,48 milhões de famílias; o pagamento do Auxílio-Gás, com transferência de R$ 580,46 milhões para 5,37 milhões de famílias; a continuidade do saque do PIS/Pasep, com previsão de liberação de R$ 30,7 bilhões ao longo de 2025; e a liberação de R$ 2,8 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS, realizada pelo Conselho da Justiça Federal (CJF). Adicionalmente, teve início o pagamento da antecipação da primeira parcela do 13º salário para aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS, contemplando cerca de 34,2 milhões de segurados, entre os dias 24 de abril e 8 de maio.
Além dos estímulos já mencionados, medidas previstas para este semestre devem continuar impulsionando o consumo das famílias, como o reajuste dos servidores públicos federais, com montante estimado de R$ 17,9 bilhões pagos em maio, e o pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda, que soma cerca de R$ 11 bilhões para 6,25 milhões de contribuintes.