O Consumo nos Lares Brasileiros cresceu 0,95% em setembro, frente ao mesmo período do ano anterior (set 24 x set 23), de acordo com o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). No acumulado do ano, o indicador tem alta de 2,52% e permanece alinhado às projeções do setor de crescimento de 2,50% em 2024.
Na comparação com agosto, o indicador registrou queda de 1,30% influenciado pelo efeito calendário (um dia a mais no final de semana em agosto) e pelo aumento sazonal de 15% do consumo na celebração do Dia dos Pais. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.
“A aceleração da inflação oficial em setembro tem reflexos na cesta de abastecimento do lar. Fatores climáticos (queimadas e estiagem prolongada) não só pressionaram os preços dos alimentos como as carnes e as frutas, mas também elevaram os preços da energia elétrica exigindo do consumidor mais equilíbrio no orçamento doméstico”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
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Em setembro, os principais recursos injetados na economia foram os repasses do Governo Federal para o programa Bolsa Família com montante de R$ 14,14 bilhões para 20,71 milhões de beneficiários, o montante de cerca de R$ 1,03 bilhão em restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF 2024 para mais de 511 mil de contribuintes; a liberação de R$ 2,7 bilhões de Requisições de Pequeno Valor (RPVs) para aposentados e pensionistas do INSS, repasse do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6,1 bilhões no mercado ao longo do ano.
Devem impulsionar o consumo nos próximos meses, o pagamento do 13º salário dos trabalhadores formais; cinco lotes residuais do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF (a partir de outubro), parcelas mensais do calendário do Bolsa Família e bimensais do Auxílio-Gás; resgate do montante de R$ 228,6 milhões em abono salarial referente ao PIS /Pasep para mais de 247 mil trabalhadores que ainda não sacaram o benefício.