Por Renato Müller
Todo varejista sabe que os avanços tecnológicos desempenham um papel importante nos hábitos e preferências dos consumidores, especialmente daqueles mais jovens. Mas, mesmo assim, os clientes continuarão buscando o elemento humano em suas visitas aos supermercados. Essa é uma das grandes conclusões do estudo Grocery Tech Trends, desenvolvido pela revista Progressive Grocer pelo segundo ano.
O dilema de equilibrar tecnologia e fator humano está por trás dos investimentos dos varejistas em todo o mundo. Um bom exemplo é o Walmart, que está repensando suas estratégias de uso de self checkouts. Outro caso é a adoção de carrinhos de compras inteligentes (smart carts) por supermercadistas que mantêm os colaboradores disponíveis para ajudar os clientes. Tudo em nome de uma melhor experiência de compra para os consumidores.
O estudo identificou que tendências como smart carts, etiquetas eletrônicas de preço e sistemas de checkout sem atrito estão ganhando espaço nas lojas físicas, enquanto pedidos online continuam a crescer – especialmente para delivery. Ainda assim, os consumidores têm dito que as experiências recebidas estão aquém do esperado, especialmente quando um produto está fora de estoque (um ponto em que o varejo não conseguiu evoluir muito no último ano) ou quando não conseguem ajuda para resolver problemas.
Embora a inflação continue sendo uma questão importante para os consumidores, 66% dos varejistas entrevistados planejam aumentar seus investimentos em tecnologia no próximo ano e priorizarão ferramentas de apoio aos colaboradores, planejamento de demanda e pagamentos sem contato.
A adoção de uma tecnologia pelo varejo gera curiosidade nos clientes. Quase 8 em cada 10 consumidores entrevistados disseram estar dispostos a testar novas tecnologias (os Millennials, com 87%, e a Gen Z, com 84%, lideram essa demanda), enquanto 72% gostam da experiência de compra que recebem. Entre os pontos de melhoria estão tecnologias que tornem a experiência de compra mais eficiente, como carrinhos de compra inteligentes, etiquetas eletrônicas, vending machines e recursos digitais nas prateleiras.