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Confiança do consumidor sobe 4,1 pontos em agosto, afirma FGV

De Administrador SH
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Analistas entendem que há uma percepção melhor da economia que eleva o ímpeto às compras

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) subiu 4,1 pontos em agosto, para 83,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 2,7 pontos, para 80,7 pontos.

“A confiança dos consumidores em agosto volta a apresentar resultados positivos motivados pela melhora das expectativas em relação aos próximos meses. Existe uma visão mais favorável sobre o ambiente econômico no curto prazo, que pode estar sendo influenciado pela melhora do mercado de trabalho e desaceleração da inflação. Isso contribui para o aumento do ímpeto de compras, que ocorre de forma mais intensa para as classes de renda mais altas. Embora o cenário político ainda pode gerar turbulências nesse cenário nos próximos meses”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV Ibre, em comentário no relatório.

Em agosto, o resultado positivo do ICC foi influenciado pela melhora das percepções sobre a situação presente, mas principalmente das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) avançou 6,0 pontos, para 92,6 pontos, maior valor desde fevereiro de 2020, período pré-pandemia. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,4ponto, para 71,7 pontos, maior resultado desde novembro de 2020, apesar disso o nível ainda é baixo em termos históricos e inferior ao período pré-pandemia.

Em relação às avaliações sobre o momento, o indicador que mede a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica subiu 1,9 ponto para 79,8 pontos, esse é o melhor resultado desde março de 2020 (82,1 pontos). A percepção sobre a situação financeira famílias variou 0,8 ponto para 64,1 pontos, e continua em nível baixo em termos históricos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais influenciou o resultado no mês foi a melhor do ímpeto para compra de bens duráveis ao subir 11,3 pontos para 79,0 pontos, maior nível desde dezembro de 2019 (81,7 pontos).

O indicador que mede situação econômica nos próximos seis meses avançou pelo terceiro mês consecutivo. Em agosto, avança 4,6 pontos para 109,3 pontos, maior desde agosto de 2021 (111,8 pontos). Já o indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira nos próximos meses, subiu 1,1 ponto, para 90,4 pontos.

O resultado positivo deve-se a uma melhora difusa da confiança para as quatro faixas de renda. A principal melhora foi para os consumidores que possuem renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800, que, em agosto, alcançaram seu melhor resultado desde setembro de 2020 (78,3 pontos), ao subir 5,4 pontos, para 77,8 pontos.

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