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Como supermercados combatem furtos sem perder clientes

Combinação de tecnologia e treinamento das equipes pode criar ambientes mais seguros para os supermercados, sem depender apenas de barreiras ou vigilância

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

Furtos e roubos estão em alta no varejo supermercadista em todo o mundo – e as empresas do setor estão repensando como refrear crimes sem prejudicar a experiência de compra. De acordo com um relatório do FMI – The Food Marketing Association (Asset Protection in Food Retail 2025), as melhores estratégias de prevenção não dependem somente de tecnologia, mas de pessoas, treinamento e bom design de lojas.

O relatório indica que os grandes supermercadistas americanos já contam com programas estruturados de prevenção a roubos e furtos e que as estratégias mais bem sucedidas vão além de barreiras físicas e vigilância (eletrônica ou pessoal), focando no atendimento ao cliente e no desenvolvimento de ambientes de loja mais seguros.

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As três estratégias que surgem no relatório como mais relevantes para diminuir o volume de furtos e roubos nas lojas são as seguintes:

1- Atendimento ao cliente

A primeira linha de defesa é um “bom dia” com muito calor humano. Pontos tão simples quanto o contato olho no olho, a presença do time nos corredores ou um “posso te ajudar” eliminam a sensação de anonimidade que favorece a atividade criminosa. O FMI enxerga uma correlação entre lojas que enfatizam um atendimento proativo e amistoso e menos incidentes no ponto de venda. Outra vantagem dessa estratégia é dar ao time de loja um melhor entendimento de quando o comportamento de um “cliente” sai do natural.

2- Design de loja

Os supermercados americanos estão, de forma discreta, redesenhando suas lojas com a segurança como prioridade. A colocação de saídas, linhas de visão e estações de self-checkout em pontos estratégicos da loja reduz pontos cegos e limita as oportunidades de fuga. O uso de tecnologias como sistemas de restrição de carrinhos e análise de vídeos em tempo real permite identificar comportamentos de risco, sem tornar o ambiente menos convidativo aos bons clientes. As empresas têm procurado proteger os produtos sem transformar a experiência de compra em uma experiência de vigilância.

3- União de tecnologia, treinamento e empatia

De acordo com o FMI, os programas mais eficientes de prevenção combinam o julgamento humano com a inovação tecnológica. Em alguns casos, a tecnologia pode identificar padrões e pontos críticos do layout da loja, para que equipes bem treinadas tomem atitudes discretas de proteção. Técnicas de prevenção, entendimento do ambiente e uma comunicação clara hoje fazem parte dos programas de treinamento dos principais supermercados americanos.

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