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Como o checkout das lojas vai mudar nos próximos anos?

Maior “ponto de dor” da experiência de compra nos supermercados não vai desaparecer – em vez disso, vai se transformar

De Edevaldo Figueiredo
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Por Renato Müller

Parece que foi há um século, mas faz pouco mais de 6 anos e meio que a Amazon abriu sua primeira loja sem checkouts. A Amazon Go materializou um conceito e uma esperança – o fim da parte mais incômoda das compras para os clientes e que mais prejudica a avaliação que os consumidores fazem de um supermercado.

Quem esperava que o conceito de lojas sem checkout se disseminasse, porém, se enganou. Embora as tecnologias de checkout estejam evoluindo para se adaptar à demanda dos consumidores por conveniência, facilidade e velocidade, nem a Amazon espera mais que as lojas sem checkout se tornem o padrão do mercado.

O que a inovação trouxe, porém, foi a percepção de que é possível encontrar novas respostas para o principal “ponto de dor” da experiência de compra – 25% dos consumidores americanos ouvidos em fevereiro pelo Path to Purchase Institute afirmam que o momento do pagamento continua sendo a pior parte da visita às lojas físicas.

Para a Insider Intelligence, 3 tendências estão moldando o futuro dos checkouts das lojas físicas:

1. O self checkout está evoluindo e não vai desaparecer

Varejistas de diversos setores, mas especialmente os supermercadistas, fizeram investimentos importantes em self checkouts durante a pandemia – e esses equipamentos continuarão fazendo parte do cenário das lojas.
Apesar de problemas técnicos e das questões de furtos, mais de 6 em cada 10 baby boomers americanos ouvidos pela Razorfish e GWI estão contentes com o uso da tecnologia nos supermercados. A tendência é que esse tipo de equipamento tenha usos específicos, como em pequenas cestas de compra, e não opere sem a presença de colaboradores da loja para ajudar os clientes e inibir furtos.

2. O “scan and go” ganha força

Uma tecnologia que vem ganhando espaço nos supermercados do mundo é o “scan and go”, em que os consumidores escaneiam os produtos com seus celulares e pagam pelo aplicativo. Esse conceito vem substituindo o self checkout como foco de investimento de varejistas americanos, uma vez que os clientes acessam seus próprios celulares e existe a possibilidade de veicular publicidade nos aplicativos.

O melhor exemplo de “scan and go” no varejo americano é o do Sam’s Club. Implementada em 2016 no aplicativo da empresa, a tecnologia é usada de forma regular por um terço dos membros do clube de atacado e já se tornou um canal de retail media e de coleta de dados para a empresa.

3. O Just Walk Out encontra outras aplicações

A tecnologia Just Walk Out de lojas sem caixa da Amazon não funcionou como previsto em supermercados, por conta do custo elevado e de limitações do sistema. Mas teve muito mais sucesso em lojas de pequeno porte, em ambientes varejistas com poucos SKUs e em locais nos quais o tempo é um fator importante.

Por isso, a Amazon pretende abrir mais lojas do tipo “Go” neste ano do que em qualquer momento até agora, além de continuar a expandir a rede de parceiros que utiliza a tecnologia em aeroportos, estádios, hospitais e outras localidades.

Para a Insider Intelligence, os avanços nas tecnologias de checkout estão criando mais pontos de contato digitais entre os clientes e as empresas. Aplicativos de “scan and go” oferecem oportunidades de venda de publicidade, aumentam a coleta de dados e podem tornar mais precisa a qualificação da audiência. Ao mesmo tempo, o Just Walk Out e os self checkouts encontrarão seus nichos, sem dispensar os modelos tradicionais de pagamento.

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SuperHiper é a publicação oficial do setor supermercadista, produzida pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) há 48 anos. É uma importante ferramenta utilizada pela entidade para compartilhar informações e conhecimento com todas as empresas do autosserviço nacional, prática totalmente alinhada à sua missão de representar e desenvolver os supermercados brasileiros.

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