Por Renato Müller
A lista anual dos 50 maiores varejistas globais, compilada pela National Retail Federation (NRF), é um microcosmo de diversas transformações que vêm ocorrendo no setor de supermercados. Com a liderança do Walmart, seguido por Amazon, Schwarz Group (Lidl), Aldi e Costco, o ranking mostra um crescimento acelerado de várias redes de lojas de conveniência, que têm aberto outras avenidas de crescimento – em muitos casos passando a competir diretamente com os supermercados.
Com o declínio da venda de cigarros em muitos países, as redes de conveniência estão explorando outros caminhos para impedir a queda de suas margens e atrair clientes às lojas. Em todas as regiões do mundo, as empresas do setor têm ampliado o sortimento de alimentos preparados, serviços digitais e e-commerce para competir pela atenção dos clientes.
De acordo com a NRF, refeições preparadas nas lojas, pré-embaladas para serem aquecidas no ponto de venda e itens com mais valor nutricional são maneiras comprovadas de aumentar a recorrência dos consumidores – mas seguir esse caminho exige investimentos no ambiente da loja, em equipamentos e no treinamento das equipes para oferecer um nível de atendimento mais próximo ao de operações e foodservice.
Outra avenida de expansão são os serviços financeiros, incluindo contas digitais, cashback, empréstimos e recebimento de contas – com foco principalmente nos consumidores de baixa renda. Nesse caso, porém, é preciso ampliar os investimentos na segurança física e digital, além da usabilidade dos processos financeiros, para criar experiências eficientes.
As lojas de conveniência também têm avançado no e-commerce, competindo com os supermercados na entrega de itens para reposição do lar e refeições rápidas. Especialmente quando facilitado por serviços financeiros, esse é um canal que tem gerado resultados eficientes.