Quarta edição da Live Supermeeting ABRAS contou com a participação da Unilever e das redes Condor, Confiança e Pague Menos
“A importância do e-commerce na era da transformação digital” foi o tema discutido nesta quarta-feira (23) na 4ª edição da Live Supermeeting ABRAS, que foi transmitida ao vivo pelo canal da entidade no Youtube. Mais de 3.500 pessoas acompanharam simultaneamente, durante uma hora, o debate que teve como patrocinadora a Unilever, representada por Thiago Dias, gerente de e-commerce da companhia. Do lado dos varejistas, os convidados foram Henrique Kogut, gerente de e-commerce do Condor Supermercados (PR); Samara Zogheib, diretora de Inovação do Supermercado Confiança (SP) e Rodrigo Bauer, diretor de TI do Supermercado Pague Menos (SP). Celso Furtado, vice-presidente de negócios e marketing da ABRAS, deu às boas-vindas a todos e passou a palavra para o moderador do encontro, Marcelo Osana, head de e-commerce da Ebit NielsenIQ.
Osana iniciou os trabalhos apresentando dados do 43º relatório Webshoppers que a Ebit emite a cada dois anos, trazendo referências das novidades do comércio eletrônico no Brasil. A primeira informação compartilhada pontuou que, em 2020, houve um recorde de crescimento de 41% no e-commerce brasileiro, em comparação com 2019. “As taxas de crescimento ficaram mais concentradas no primeiro semestre, em 47%, em função da pandemia e restrição de abertura dos comércios tradicionais. No segundo semestre também teve crescimento de 37%”, informou Marcelo Osana. Outros números importantes desta pesquisa sobre o comércio eletrônico foram apresentados no evento e serão detalhados na próxima edição da Revista SuperHiper.
Na sequência, o moderador questionou Thiago Dias, da Unilever, sobre o posicionamento da empresa dentro do canal de e-commerce e como a companhia quer ser vista dentro desse ambiente de digitalização do mercado brasileiro. O gerente responsável pelo desenvolvimento da rota de e-commerce da Unilever disse que o papel da empresa está conectado com o movimento do mercado. Dias relembrou da antiga máxima que, para vender muito, bastava ter o produto distribuído, comunicar na novela e, na sequência, teria uma grande parte da população comprando. Hoje, a situação é outra porque o consumidor visita mais canais. O executivo também apontou que nos últimos cinco anos, o cliente comprava, em média, em três canais e agora é algo em torno de oito.
“Além da TV aberta, ele consome outros tipos de mídias, como redes sociais. Isso faz com que a pluralidade de pontos de contato para influenciar e construir a sua marca também mudou e aumentou exponencialmente. O consumidor está buscando propostas de valor em termos de produto que se diferem uns dos outros. Com tudo isso, estamos em um momento que a mudança foi observada e a gente tem que atuar nessa mudança”, complementou Dias, que reforçou ainda a missão da Unilever que é “ser um braço para ajudar o varejo a desenvolver a forma como o produto chega no consumidor”.
De novo com a palavra, Marcelo Osana trouxe à tona a importante questão da pandemia de covid-19 que atingiu o mundo todo, virou os negócios de ponta cabeça e pegou todo mundo de surpresa. Para os negócios, o e-commerce foi o protagonista de toda essa transformação. “O ano de 2020 foi um ano super difícil para o país e a população porque a pandemia veio e ninguém estava preparado para isso”. O moderador perguntou ao painelistas quais foram as dificuldades enfrentadas e também os aprendizados adquiridos neste novo contexto.
Rodrigo Bauer, do Pague Menos, concordou que 2020 foi um ano muito singular. “O que impulsionou a tecnologia no ano passado foi a covid-19. Forçou a gente a acelerar as nossas estratégias. Quem tinha medo ou não acreditava no canal, não podia ter mais receio”, afirmou Bauer. Na visão do varejista ocorreram dois movimentos: os que estavam preparados e conseguiram escalar rápido e os que não estavam preparados e demoraram um pouco para agir. Ele contou que na Rede Pague Menos foram obrigados a ativar o e-commerce em 11 lojas em 30 dias. Bauer comparou o avanço do varejo como o da medicina. “Aceleraram em dez anos os protocolos e pesquisas. A gente, no varejo, viveu o mesmo. Toda crise também tem algo de bom. Foi desafiador, mas também gratificante porque conseguimos responder rápido para demanda”, ressaltou Bauer.
Na rede paulista Confiança, Samara Zogheib compartilhou que a varejista já contava com o e-commerce, mas que nunca imaginou que ele chegaria com tanta força como ocorreu no ano passado. “A princípio foi assustador, mas para quem já tinha um e-commerce e não começou do zero, foi bem legal. A gente conseguiu dar conta de todos os pedidos, foi realmente um desafio. Acho que foi importante para o e-commerce porque agora deu uma encorpada no canal. O investimento de todos esses anos, valeu muito”, completou a diretora da rede.
Trocar o pneu com o carro andado. É assim que Henrique Kogut, do Condor, descreve o aprendizado com o comércio eletrônico em 2020. Ele revelou que assim como a maioria dos varejistas, a rede paranaense também teve que antecipar o projeto de e-commerce, que já estava planejado. “Contamos com muito apoio do nosso time operacional, de marketing e de tecnologia e nos baseamos em nossos três pilares: processo, pessoas e tecnologia”, revela Kogut. De acordo com o executivo, parceiros como a Unilever, entre outros, ajudaram a empresa se direcionar para atender o consumidor final com a melhor experiência possível em um momento tão delicado. “Sabemos que muitos dos consumidores experimentaram o e-commerce de uma maneira forçada, mas pouco a pouco deu tudo certo porque o nosso foco é o índice de satisfação do cliente”, completou o diretor do Condor.
Marketplace, a jornada do consumidor no online e offline, os mercados chineses e norte-americano, a disciplina na execução e muitos outros temas ainda foram abordados pelos varejistas e a Unilever durante o encontro. Para saber mais informações deste evento, confira matéria completa na próxima edição da Revista SuperHiper.