Hoje, o código de barras é lido mais de seis bilhões de vezes todos os dias e está presente em 100 milhões de produtos.
Os processos logísticos automatizados como conhecemos hoje nasceram há 50 anos, quando grandes líderes da indústria de alimentação, varejo e bens de consumo se reuniram em Nova Iorque (USA) para desenvolverem um padrão que identificasse os produtos e promovesse mais excelência no fluxo de distribuição. Em 31 de março de 1971, nascia o código numérico que daria origem ao código de barras usado mundialmente até hoje para identificar nos sistemas de gestão todos os itens colocados nas prateleiras do varejo.
O código de barras é a representação gráfica para leitura por feixe de luz infravermelho da sequência de números com nome de Global Trade Item Number, em português, Número Global do Item Comercial, ou, simplesmente, GTIN. É ele que identifica, de maneira única, cada produto, substituindo as etiquetas de preços que não eram capazes de reconhecer a individualidade de cada item. E o GTIN tornou-se o padrão da cadeia de suprimentos mais importante da história. Hoje, o código de barras é lido mais de seis bilhões de vezes todos os dias; está presente em 100 milhões de produtos; já foi utilizado por 2 milhões de empresas; e continua sendo um dos símbolos mais confiáveis do mundo.
Na época, os executivos do setor acreditavam que o GTIN poderia ter um impacto além do foco de sua criação, os supermercados. As expectativas eram as de que ele aumentasse a velocidade e eficiência de transações e processos, otimizando toda a cadeia de suprimentos e a experiência de compras. Os resultados foram tão positivos que depois de alguns anos o jornal britânico BBC classificou a iniciativa como uma das “50 coisas que fizeram a economia mundial”.
Para João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), “a associação tem como meta manter a ideia daqueles empresários e desenvolver soluções que forneçam informações ainda mais úteis e precisas sobre os produtos”. “Hoje, no Brasil, representamos a entidade presente em mais de 150 países, e formamos uma rede de mais de 58 mil empresas associadas, que representam 31% do PIB e geram 18% dos empregos formais no país.”
A inovação tecnológica é a linha de desenvolvimento para as soluções criadas pela GS1. Para o presidente do Conselho de Administração GS1, Kathy Wengel, “há meio século, empresários deixaram suas diferenças de lado e reinventaram o comércio global com o desenvolvimento do GTIN, que por sua vez levou diretamente à criação do código de barras”.
No começo dos anos 1970, o engenheiro Tom Brady desenvolveu e instalou o sistema de scanner usado no supermercado Marsh, dos Estados Unidos. “Desde as reuniões visionárias dos fundadores da GS1 até a primeira digitalização, tudo foi extremamente estimulante e desafiador; sinto-me honrado por fazer parte de algo tão benéfico para o mundo e em ver empresas unindo forças e se aliando para o bem comum”, comemora Brady.
Aliado a outros padrões desenvolvidos pela GS1, o GTIN é responsável até hoje por tornar a complexidade dos negócios globais um fluxo rápido, eficiente e seguro, que simplifica processos da cadeia de suprimentos em quase todos os setores da economia. Na nova era de automação e do consumidor mais próximo da digitalização, estamos no momento de elevar os padrões de códigos de barras ao próximo nível.
O engenheiro Brady avalia que “agora é a hora de uma nova geração de líderes da indústria apresentar padrões inéditos que terão o poder de transformar os negócios nos próximos cinquenta anos”. Kathy Wengel compactua com a ideia de seguir com o desenvolvimento de soluções inovadoras com este propósito. “Ao comemorarmos esse marco notável, pedimos às empresas que colaborem para atender às necessidades da economia do século 21 ao desenvolver rapidamente novas tecnologias, incluindo códigos de barras de próxima geração ricos em dados”.
Os padrões da próxima geração, como QR Code, podem armazenar muito mais informações confiáveis e remodelar o comércio global. Podem comunicar, entre outros dados, se um produto contém alérgenos ou é orgânico, o que oferece aos consumidores transparência, lealdade e garantia de origem daquilo que compram.
Fonte: Redação SuperHiper.