Atributos de conveniência e praticidade podem reforçar os lucros no e-commerce, negócio que disparou nos últimos 2 anos
Na pandemia, o e-commerce disparou em todo o mundo e aqui no Brasil não foi diferente, principalmente no segmento dos supermercados. O especialista Aaron Cheris, partner of Bain and Company São Francisco afirmou em sua palestra na Convenção ABRAS 2022 que os supermercadistas precisam otimizar custos e aumentar a receita no formato online, investir em mídia e propaganda.
“O consumidor de hoje espera um nível muito maior de conveniência, personalização e propósito, o que acaba por tornar mais cara a operação do negócio do e-commerce”, comentou Cheris.
O cliente quer … do jeito dele
Individualista, pensa: para mim – o que eu quiser – onde eu quiser – quando eu quiser – como eu quiser. “Toda essa pressão reduziu as margens dos supermercados. O consumidor quer acesso conveniente, rastreabilidade, toque humano e gamificação. Tudo isso torna mais cara a operação dos negócios”, alertou o palestrante internacional.
Frente a esse contexto, os negócios se tornam mais difíceis e os players estão se refazendo. Os dois anos de isolamento foram importantes para o segmento. Segundo o especialista, a velocidade de evolução do e-commerce nosso Estados Unidos teve um gap de 5 anos.
Em muitos mercados vemos oportunidades reais para cobrar mais por serviços online
Cheris afirmou: “na maioria dos países, os clientes estão dispostos a pagar mais, principalmente no last mille.” Os supermercadistas precisam ficar atentos para readequar as taxas de entrega, terceirizar ao invés de construir bases de tecnologia. Há inclusive marcas que fazem parceria com Centros de Distribuição.
Empresários devem melhorar a economia do carrinho de compras, agilizar e automatizar as operações e reforçar o modelo de receita. Para Aaron Cheris, a Sustentabilidade vai definir o jogo e causar o desempate. Empresa nenhuma vai ganhar o jogo não sendo sustentável.
Há diversas formas de se obter monetização de ativos digitais. Explore, não se acomode. As tendências e expectativas dos consumidores continuarão a evoluir e exercer maior pressão nas mercearias: foco nas compras ultra convenientes e exigência de experiências Omnichannel.
Os varejistas alimentícios precisam pensar em rupturas tecnológicas e seu impacto nos custos. Se um sistema de delivery ganhar força, uma comunicação entre utensílios domésticos facilitar a vida das pessoas, então eu precisarei estar conectado.