Por Redação SuperHiper
Embora os preços dos chocolates tenham subido, o volume total de compras não caiu na mesma proporção na América Latina. Particularmente, no Brasil, os supermercados se consolidaram como o principal canal de vendas da categoria, com alta de 15% entre 2024 e 2025. Além disso, produtos premium conquistaram mais relevância entre o público, ganhando 4% de espaço em um mercado tradicionalmente dominado por marcas mainstream.
De modo geral, os consumidores latino-americanos estão adotando estratégias de compensação para continuar comprando chocolates mesmo com o vertiginoso aumento de preços desencadeado pela crise global do cacau – o valor do insumo vem subindo consideravelmente desde 2023 e registrou alta de 189% em 2024.
Ainda que os gastos tenham aumentado em muitos países por conta das variações de preços do cacau, as compras de chocolate não recuaram em igual magnitude. O Brasil e o México, por exemplo, viram o item encarecer 23% e 25%, respectivamente. Mesmo assim, ambos os países registraram aumento de 11% no volume de compras. Já na Colômbia, o volume subiu 12% com preços 42% maiores.
Esse cenário é resultado dos novos comportamentos adotados pelas famílias latino-americanas para continuar consumindo chocolate. Entre as principais soluções destacam-se diminuição da frequência, preferência por embalagens menores, procura por novos canais de consumo e trocas de marcas.
Além disso, a categoria reflete como as famílias latino-americanas respondem à pressão econômica: com estratégias próprias, decisões racionais e recusando-se a abrir mão de seus pequenos prazeres. Com o mundo em estado crescente de tensão, a expectativa é de intensificação dessa tendência.
As informações constam do levantamento Chocolate Category in Latam, desenvolvido pela Worldpanel by Numerator.