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Cenário instável marca o início do ano para o GPA, diz Faiçal

24 de fevereiro de 2022
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23:59
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Bruno Marcon
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Para melhorar margem e ampliar volume, companhia irá aplicar em todas as lojas do Pão de Açúcar seu conceito de sétima geração ainda em 2022

O comando do GPA disse, em teleconferência com analistas, que o começo do ano está “volátil e cauteloso ainda com efeitos da inflação”, disse o presidente Jorge Faiçal.

“Isso vem melhorando nas últimas semanas. Começo de janeiro foi mais difícil, mas ainda está um cenário bastante volátil”, disse.

“Teremos Carnaval sem blocos e desfiles, e esperamos boa performance no feriado. Mas não é trimestre com grandes melhorias de cenário. Operacionalmente teremos virado a página de saída do Extra, mas muito ainda desafiador”.

Mercado Extra está com performance mais oscilante, ele atende mais baixa renda e sofre regionalmente efeitos concorrenciais. Há algumas regiões com concorrência muito forte e outras em compasso de rentabilidade. A performance dele está bem errática. Recebemos demanda nele de quem ia ao hiper, mas ainda está desafiador”.

Ele ainda informou que planejam até 28 conversões de lojas de hipermercados, antes do Extra, para bandeiras do grupo, e o avanço da reforma de toda a base de lojas do Pão de Açúcar para o novo conceito (chamado geração sete).

“Nosso plano de reformas em 2021 atingiu 50 unidades no segundo semestre e, para 2022, além de até 28 conversões de hipermercados, vamos reformar todo o parque do Pão. São cerca de 130 lojas para o conceito de geração sete até o fim de 2022”, disse o presidente.

“[Sem o hipermercado] o nível de despesas está adequado, demos um passo atrás para dar dois à frente”.

Ele ainda informou a expansão de 100 lojas do Pão de Açúcar (incluindo conversões) e mais 100 unidades de proximidade até 2024.

“Hoje há 14 projetos de Pão de Açúcar protocolados em municípios e, neste momento, há mais 14 conversões”.

Sobre a operação do Exito, na Colômbia, ele disse que a economia cresceu mais do que no Brasil e o Exito “surfou” nessa onda, “e teve ganhos do mercado e de ‘share’”, afirmou. “Foi um trimestre com ganhos acima da inflação com melhoria de rentabilidade”.

Todas as lojas de hipermercados Extra já foram fechadas, segundo o executivo, sendo transferidas ao Assaí, como parte do acordo anunciado em outubro passado.

Com a saída do negócio de hipermercados, o Pão de Açúcar é 43% das vendas, sem incluir Minuto Pão de Açúcar nesse cálculo, e deve ir a 50%, informou.

Faiçal reforçou o cenário difícil em consumo neste começo de ano. “Apesar de vendas ‘mesmas lojas’ baixo no quarto trimestre, de alta de 2,3%, ainda está acima do mercado.”

A empresa disse ainda que vai começar a vender pelo WhatsApp entre primeiro e segundo trimestre. E no próximo trimestre terá três “dark stores”, em Curitiba, Belo horizonte e Salvador. Além disso, informou que, quem comprar pelo Clube Extra vai receber produtos de lojas do Pão de Açúcar.

Cnova e Éxito

O GPA disse hoje, em teleconferência com analistas, que ainda avalia venda de sua participação na Cnova, a operação digital do seu controlador Casino, mas espera melhores condições de mercado para vender a “bom preço”, disse Guillaume Gras, diretor vice-presidente de finanças. O GPA tem cerca de 34% da Cnova.

A respeito da operação da colombiana Éxito, pertencente ao GPA depois de uma reestruturação de ativos pelo Casino, o executivo afirmou que há a “possibilidade de movimento futuro, mas nada a comunicar agora”, diz diretor.

A empresa vem, pelo menos desde 2020, mencionado possibilidade de se desfazer de ativos, simplificar negócios e reduzir alavancagem do grupo e do Casino no mundo.

“[Sobre Cnova e Éxito] não tem anda a compartilhar neste momento, mas a saída do setor de hipermercados [a empresa vendeu suas lojas ao Extra} é a base para passos futuros”, disse ele.

O GPA ainda disse que estuda a possibilidade de antecipar com bancos dinheiro do parcelamento da venda de Extra ao Assaí. A rede atacadista comprou os ativos por R$ 4 bilhões, e para pagamentos em parcelas.

O presidente do grupo, Jorge Faiçal, ainda detalhou retornos do novo modelo de loja do Pão de Açúcar, que já está sendo implementado por meio de reformas e deve ser finalizado em toda a base de unidades neste ano.

“Com a geração sete, são 5 a 7 pontos percentuais a mais na venda e, em margem bruta, são de um a dois pontos a mais. Porém, como a despesa também é um a dois pontos a mais, estão isso se estabiliza. Mas ainda há o ganho de 5 a 7 pontos em vendas e logo, acaba sendo isso a mais em ganho de cash”, afirmou ele.

Ele ainda disse que juros altos da Selic afetam dívidas da empresa, como de todo o mercado, e deixa cenário mais complexo.


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