Conhecidos como Bets, movimentam o mercado brasileiro e valorizam os times do país
Com permissão para atuar no País desde 2018 e lei que regulamenta as casas de apostas prestes a sair, os “Bets”, termo como são conhecidos, injetam milhões de reais no esporte, e ainda prometem investir mais. Uma rápida olhada nas camisas de futebol, pode-se perceber como estão presentes nos clubes, e estes agradecem muito.
A disputa no mercado está acirrada, valorizando as camisas de times. Estima-se que os investimentos em patrocínios este ano, somente na Série A do Brasileirão, será em torno de R$ 550 milhões. O valor investido nos times varia, de R$ 123,3 milhões, por exemplo, em um time como Corinthians, até R$ 3 milhões em um time como Criciúma, como patrocínio master.
Atualmente, 13 casas de apostas patrocinam 18 dos 20 times da primeira divisão, sendo 14 com patrocínio master. Na Série B, 75% dos uniformes possuem este patrocínio, sendo que todos os times já recebem investimento da forma principal ou secundária.
Um exemplo é a camisa mais valiosa do Brasil, o Flamengo, que conta por volta de R$ 225 milhões em todos os patrocínios e contrato de material esportivo. Este fato representa bem a valorização do mercado.
Antes, o maior investimento no clube era da Caixa Econômica Federal com R$ 25 milhões em 2016. E hoje ganha R$ 85 milhões da Pixbet por ano, quase 3,5 vezes mais, contanto apenas os valores nominais sem correção monetária.
Entretanto, o maior contrato de patrocínio de uma operadora de apostas é o Vai de Bet com o Corinthians, com um valor de R$ 320 milhões por três anos, ou seja, R$ 120 milhões por temporada, aproximadamente. Já o Flamengo negocia um valor maior com a Pixbet, com a divulgação da marca em outros esportes e ativos do clube.
Já o Palmeiras ainda em os seus patrocínios concentrados nas empresas da presidente do clube, Leila Pereira, mas o futebol feminino já recebeu um contrato master exclusivo, e isso abre brecha para entrar no masculino. Há rumores que o time irá a campo com uniformes com a logo de alguma casa de aposta.
Este boom também favoreceu o Fluminense e o São Paulo, já que ambos assinaram contratos com a Superbet por R$ 52 milhões cada um. O Fluminense rompeu recentemente com a Betano, que pagava R$ 20 milhões anuais. O motivo deste novo patrocínio foi a presença dos times no Mundial de Clubes.
Para o CEO da Superbet, Alexandre Fonseca, a abertura das apostas online no País é um grande motivador para o incentivo deste investimento, pois o Brasil é um dos maiores mercados em volume e apostas. E a valorização de times de futebol se deve a grandeza do esporte e pelo número de jogos realizados por ano, que contam com mais de 1.000. Além disso, os estádios estão sempre cheios com uma média de público de 35 mil a 50 mil torcedores por jogo.
Legislação
Com a nova regulamentação completa, a tendência é que antes dela ser promulgada, é de que apareçam novas empresas para marcar território, tornando o jogo mais agressivo em termos de patrocínio. Segundo o calendário da Secretaria de Prêmios e Apostas, a portaria sobre a outorga das casas de apostas está prevista para o final deste mês. Quanto ela estiver estabelecida, estes valores tendem a diminuir.
Seguindo o exemplo da Inglaterra, a regulamentação irá estabelecer os parâmetros do jogo limpo nas apostas, e isto também se estenderá aos patrocínios.
Fonte: O Globo