Por Redação SuperHiper
O grupo supermercadista britânico Co-op revelou que os ataques cibernéticos sofridos no mês de abril, que geraram problemas com pagamentos, amplas rupturas nas lojas e o roubo de dados de 6,5 milhões de consumidores, custaram pelo menos £206 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão) em receitas perdidas.
“Os ataques maliciosos nos trouxeram desafios significativos no primeiro semestre do ano”, disse a presidente do Conselho da empresa, Debbie White. A disrupção dos negócios levou a um prejuízo bruto de £75 milhões nos seus meses encerrados no início de julho, sobre um faturamento de £5,48 bilhões. No mesmo período de 2024, a empresa havia tido um lucro de £3 milhões, sobre £5,6 bilhões em vendas.
O recuo nas vendas decorreu principalmente do esvaziamento das prateleiras das lojas após o ataque, uma vez que a troca de mensagens e os pagamentos para fornecedores foram severamente afetados — os problemas foram sentidos com mais força nas pequenas cidades e áreas rurais, trazendo um impacto social ainda maior, uma vez que a Co-op é a única supermercadista em muitas dessas regiões.
O custo total do ataque cibernético, porém, pode ser ainda maior, uma vez que a varejista espera que alguns impactos financeiros ainda sejam sentidos neste semestre. “Precisamos nos reconstruir e sermos ainda mais fortes para atender aos desafios e às oportunidades que temos à frente”, disse Debbie.
Hackers que disseram à BBC terem sido os autores do ataque afirmaram que conseguiram entrar nos sistemas da empresa muito tempo antes de terem sido descobertos. Assim que as plataformas caíram, a Co-op desconectou seus sistemas de TI da internet a tempo de impedir a implementação de um ransomware que sequestraria mais dados e causaria problemas adicionais.