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Brasileiros reduzem desejo de compra de alimentos dos EUA

Impactos da guerra tarifária impactam comportamento de consumo e disposição de compra de produtos

De Redação SuperHiper
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Por Renato Müller

 

A força da marca de uma empresa ou mesmo de um país tem um enorme impacto na disposição dos consumidores em adquiri-la. A explicação é relativamente simples: uma marca carrega consigo uma série de atributos que transmitem valores, expectativas e desejos. Mas, assim como uma marca pode se fortalecer, ela pode se enfraquecer de acordo com a postura de seus líderes.

Um bom exemplo é o que vem acontecendo com os Estados Unidos neste ano. Desde o início da guerra tarifária promovida pelo atual governo, a disposição de aquisição de produtos “made in USA” vem caindo em todo o mundo – inclusive em países que, historicamente, têm sido aliados.

Dados da edição mais recente do Consumer Tracker Survey realizado pela dunnhumby mostra que 73% dos canadenses e 43% dos mexicanos dizem que irão comprar menos alimentos dos Estados Unidos neste ano. Até aí, sem grandes surpresas, uma vez que eles vêm sendo mais diretamente impactados pelas tarifas.

Mas o estudo também revela que 79% dos brasileiros, 78% dos chilenos e 76% dos colombianos afirmam que a imposição de tarifas contra seus países são o fator mais importante para a intenção de comprar menos produtos americanos. Cerca de um quarto dos consumidores entrevistados acreditam que essa mudança de comportamento será permanente.

“Essa é uma demonstração clara de que as pessoas estão mudando seu comportamento de compra para gastar seu dinheiro de forma alinhada a seus valores”, analisa Matt O’Grady, presidente da dunnhumby para as Américas. “Isso tem grande implicação para todas as marcas da indústria, pois elas precisarão avaliar se estão vivendo conforme os padrões esperados por seus clientes”, acrescenta.

Esse movimento também tem atingido varejistas americanos, que, no Canadá, perderam 3 pontos de participação de mercado desde dezembro de 2024, Segundo a dunnhumby. Varejistas canadenses ocuparam esse mercado. O “buy from home” é um sentiment em alta em toda a região, com 63% dos canadenses, 60% dos brasileiros, 59% dos colombianos, 54% dos mexicanos e 44% dos chilenos dizendo que pretendem comprar mais produtos fabricados em seus próprios países.

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