Por Redação SuperHiper
O primeiro semestre de 2025 revelou um cenário positivo para a “cesta Abimapi”, composta por biscoitos, bolos, massas e pães. Juntas, as categorias registraram faturamento de R$ 33,8 bilhões, um aumento de 3,9% no período. O resultado traz insights importantes, com o atacarejo se tornando o canal mais representativo, com mais de 30% do faturamento e oferecendo preços 9% menores que a média do País. E com o avanço das marcas menores e com preços mais competitivos quanto a espaço e giro, ainda que as líderes se mantenham no topo.
Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães Industrializados (Abimapi), em parceria com a NielsenIQ.
Para o presidente-executivo da Abimapi, Claudio Zanão, embora o cenário seja de crescimento do emprego e da massa salarial, os ganhos têm sido pressionados pelo aumento dos preços, o que deixa o consumidor mais racional, buscando um equilíbrio ao comprar.
A categoria de bolos puxou o crescimento da cesta Abimapi, com ganho de 15,7% em valor e 8,3% em volume; um faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2025 e 32,6 mil toneladas comercializadas no País. O destaque na subcategoria “mistura para bolos” fica com o bolinho de chuva, que detém 75,8% da importância (volume e giro), enquanto, na subcategoria bolos, é o próprio bolo industrializado, com 41% de importância.
Na sequência, a categoria de pães industrializados cresceu 7,8%, com faturamento de R$ 8,3 bilhões até junho de 2025. O volume cresceu 3,5%, alcançando 400 mil toneladas nos primeiros seis meses deste ano. Cresceram em volume e giro os pães de hambúrguer (1,3%) e hot dog (0,4%), mesmo com repasses de preço expressivos (+13,2% e +7,2%, respectivamente), e justamente por serem os segmentos mais baratos. “Os dados refletem o comportamento dos consumidores, que preferem fazer as refeições em casa a preços mais acessíveis”, avalia Zanão.
As massas alimentícias cresceram 4,2%, movimentando R$ 7,7 bilhões no primeiro semestre, com 654,2 mil toneladas consumidas. Os tipos “caseiros” ganham volume e giro (0,6%), mantendo o preço médio. Já “ovos” e “grano duro” retraem em giro, com aumento do preço médio em 1,6% e 6,8%, respectivamente.
Por fim, a categoria biscoitos apresentou um crescimento sutil de 1,1%, com faturamento de R$ 16,4 bilhões em 2025 e queda de 4,9% no volume, passando de 765,9 para 728,5 mil toneladas consumidas nos primeiros seis meses do ano.
“Cobertos e cookies cresceram, mostrando que o consumidor busca prazer e qualidade a um preço mais acessível. É possível relacionar que um dos fatores que impulsionaram a venda de biscoitos foi o aumento do preço dos chocolates (16,4%) nas gôndolas. O consumidor age racionalmente e encontra nos biscoitos uma possibilidade de substituição”, explica o chefe de Pequenas e Médias Empresas para a América Latina na NielsenIQ, Claudio Fernando Czarnobai.