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B2W inicia entrega em grandes favelas

De Administrador SH
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Companhia começou operação na paulistana Paraisópolis e entrará em comunidades no Rio e em Recife

A B2W, dona de Americanas.com e Submarino, e operadora de um shopping center virtual com mais de 102 milhões de itens, deu início à entrega de compras on-line na favela. Becos e vielas sem endereço oficial restringiam essas entregas a pontos de coleta, como agências dos Correios, onde o comprador ia fazia a retirada.

Há um mês, a companhia fechou parceria com a startup de logística Favela Brasil Xpress e com a organização não-governamental G10 Favelas, criada por líderes e empreendedores de impacto social em dez grandes comunidades do país. A primeira favela foi a paulistana Paraisópolis, um universo de 100 mil moradores, onde a B2W já faz 350 entregas diárias.

“É um grande desafio logístico chegar às comunidades. Apesar de ter ‘click and collect’, que o comprador retira na loja, a maior parte dos clientes quer entrega em casa e isso deveria ser normal, mas não tem CEP nas comunidades”, diz Marcio Cruz, presidente da B2W.

A parceria inclui a capacitação de entregadores das próprias favelas, o que gera emprego e aumenta a efetividade das entregas no prazo – já que os moradores conhecem as vielas e os parceiros ajudam também a lidar com a questão de segurança. Na baixa renda, os pagamentos incluem também pix, boletos bancários e quitação no caixa da loja física da Americanas.

Em junho, a B2W passa a fazer entregas em Heliópolis, na zona sul da capital paulista. Em julho entra em favelas no Rio de Janeiro e, até o final do ano, em comunidades no Recife. “Abre um leque importante para a gente. As classes C e D têm aumentado bastante a presença no e-commerce”, diz Cruz. “Quanto mais marcas no marketplace [shopping virtual], mais democrática é a plataforma, mais ela passa a atender todos os públicos.”

Para o executivo, a estratégia de marketplace ajuda a endereçar uma questão social – não só nesse acesso ao consumidor de baixa renda aos produtos da internet, mas principalmente na ponta vendedora. A B2W têm mais de 100 mil vendedores [‘sellers’] na plataforma, o dobro do início do ano passado, dos quais 60% são pequenos empreendedores.

“São companhias com até cinco funcionários, e 34% tem apenas um funcionário, o dono que gere tudo. Muitas vezes são companhias que não sabem como fazer a logística, como melhorar a descrição do produto, por isso a gente entra com essa capacitação também”, conta o CEO.

Desde o ano passado, a B2W vem acelerando o Americanas Social, que conecta na plataforma ONGs que organizam a comercialização de pequenos produtores – atualmente são dez ONGs.

A B2W, que tinha começado a gerar caixa nos últimos dois anos, diz que viu na pandemia uma oportunidade para acelerar o passo. Registrou prejuízo de R$ 163,6 milhões no primeiro trimestre, ante perda de R$ 108 milhões no início do ano passado – o que rende alfinetadas da concorrência. “Temos sido muito claros em relação à nossa estratégia, que é ser uma companhia com crescimento sustentável. Crescemos e passamos a gerar caixa em 2019, em 2020 geramos caixa mais uma vez”, diz o CEO. “Buscamos equilíbrio entre aceleração forte e geração de caixa. Vamos continuar fazendo isso este ano”, emenda.

Só no primeiro trimestre, foram R$ 8,7 bilhões em vendas, quase o dobro do início do ano passado. Para isso acontecer, além de incluir mais perfis de clientes, como o caso da baixa renda, a B2W também tem investido em logística e sortimento com produtos de maior recorrência de compras – alimentos, roupas, produtos para animais de estimação. “A espinha dorsal da nossa estratégia é ser mais presente na jornada de consumo do cliente, de forma que ele tenha cada vez mais recorrência no aplicativo e no site. Isso significa oferecer cada vez mais de tudo”, diz Cruz.

Na B2W, o salto veio com a criação da seção “mercado”. Itens de supermercado responderam por 50% dos produtos vendidos no trimestre e metade da cesta é composta por itens frescos. “Banana prata é o item mais vendido em alguns trimestres e isso traz um grande desafio logístico”, diz Cruz.

Fonte: Valor

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