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Automação aumenta em 87% a produtividade do varejo alimentar

De Edevaldo Figueiredo
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Com a implantação de tecnologia, as divergências de etiquetas são reduzidas em até 85% e em 90% a ruptura de produtos nas gôndolas

 No varejo alimentar, a velocidade em que os produtos chegam ao estoque, a disposição correta dos mesmos na loja e as etiquetas com informações corretas fazem toda diferença no balanço final do negócio. Por isso, então, o uso de uma tecnologia que traga eficiência e agilidade para esses processos é fundamental.    

De acordo com dados da GIC Brasil, empresa de automação para prevenção de perdas no varejo alimentar, com a implantação da tecnologia RUB, é possível reduzir a ruptura de produtos na gôndola em até 90% e as divergências de etiquetas em até 85%, garantindo um aumento na produtividade de até 87%. Já na margem de vendas do negócio é possível obter um incremento de até 2%.

RUB no varejo alimentar

Atualmente, cerca de 1300 lojas e mais de 20 mil usuários utilizam o RUB em suas operações em supermercados e atacados de todo o Brasil e LATAM. O Sul do País é uma das regiões que mais utilizam as soluções da GIC Brasil. Para se ter uma ideia da dimensão da ferramenta: uma rede de supermercados sulista mencionava uma ruptura de gôndola de 26% antes do RUB. Após a implantação do sistema, a ruptura operacional medida pela solução foi de aproximadamente 4%.

Exemplo na prática

A solução da GIC Brasil visa melhorar a experiência de compra do consumidor, simplificar processos e transformar negócios, oferecendo total visibilidade das operações do negócio como, por exemplo, rupturas, abastecimento, aumento das vendas, melhoria na exposição dos produtos e, principalmente, indicadores da operação mais precisos.

Em 2008, a empresa começou a trabalhar com o Atacadão enfrentando um desafio específico de proporcionar visibilidade à operação no chão de loja que, inicialmente, se estendia até a chegada dos produtos às prateleiras, seja proveniente dos fornecedores ou do armazém próprio. No entanto, a operação dentro da loja era uma caixa preta.

O Atacadão lidava com uma grande quantidade de produtos, e anteriormente, a manipulação envolvia uma lista, feita manualmente, de itens não vendidos. A conferência também era realizada de maneira manual, sujeita a erros frequentes. “Com a introdução da automação e nossa parceria com o Atacadão, implementamos o uso do equipamento o CE 50. Esse dispositivo realizava a leitura automática dos produtos, proporcionando uma abordagem mais precisa e eficiente. Essa automação garantiu que as leituras não fossem alteradas ou potencialmente manipuladas, como ocorria anteriormente durante a auditoria de presença, que era conduzida manualmente com papel e caneta. Essa melhoria abrangeu áreas como reposição de estoque, prevenção de perdas e, em última análise, garantiu a precisão dos números solicitados pela diretoria”, explica o CEO e Fundador da GIC Brasil, Ivan Fernandes.

As principais preocupações geralmente giram em torno de produtos que não estavam sendo vendidos. Muitas vezes, esses produtos estavam no estoque, mas fisicamente presentes na loja, ou seja, não disponíveis para os clientes adquirirem. Fernandes diz que quando a empresa inicia a auditoria de presença, em um mês já é possível observar uma movimentação significativa de produtos, especialmente na região do caixa, e percebemos um aumento na quantidade de produtos durante o processo de compra. “Vale destacar que muitas das melhorias nos processos são impulsionadas pelo próprio cliente, enquanto eles utilizam a plataforma no seu dia a dia, contribuindo para o aprimoramento contínuo do RUB”.

Detalhe que faz a diferença

Quando é abordado os produtos principais, geralmente está se  referindo-se  àqueles que compartilham uma semelhança marcante. Fernandes exemplifica: “Um exemplo clássico com um de nossos clientes envolveu absorventes, onde identificamos uma diferença mínima entre o absorvente noturno e o absorvente diurno: apenas a palavra ‘Noite’. A embalagem era exatamente igual. O desafio residia no fato de que o produto noturno estava praticamente escondido. A repositora, mesmo sendo eficiente, observou: ‘O produto está aqui, mas não tem a versão noturna’. Após uma busca mais detalhada, encontraram o produto desejado. Outra área propensa a essas situações é o departamento de bazar, especialmente devido à ampla variedade de SKU, tornando o controle de vendas mais desafiador”.

Produtos com alta rotatividade, ou seja, os de alto giro, geralmente são menos impactados, pois sua movimentação é intensa. Já os produtos com rotação um pouco menor, mas com margens mais elevadas, tendem a causar um impacto significativo na exposição e na receita imediata para o varejista.

Capacitação

Uma parte essencial no processo é a implementação inicial da tecnologia em uma loja é a capacitação. É preciso, então, apresentar os resultados em conjunto com a equipe do cliente. Pois em algumas ocasiões, durante auditorias de presença feitas pelo próprio cliente, pode-se deparar com resultados discrepantes, levando algumas operações a questionar a veracidade dos números, considerando-os irreais.Diante desse desafio, ajustamos nossa abordagem nas auditorias. Demonstramos, de maneira prática, a correspondência dos números com o que está registrado no ERP e o que é apresentado pelo RUB no treinamento. Isso ocorre no contexto da operação, onde inicialmente mostramos como realizar a vinculação, na prática, configurar o software e conduzir o treinamento. Posteriormente, estendemos essa capacitação para outras lojas, aproveitando também nossa plataforma de Ensino a Distância (EAD)”.

Quanto mais as equipes se familiarizam com o RUB melhor é o nível de exposição dos produtos e a experiência dos clientes. A implantação da ferramenta na operação propicia maior integração entre as áreas e auxilia no desenvolvimento de todos os colaboradores que utilizam a ferramenta, contribuindo para a capacitação e qualificação das equipes, além de ampliar a eficiência nas lojas. “Nossa solução é baseada em processos, pessoas e tecnologia, visando maior visibilidade de toda a cadeia, desde a chegada do produto no estoque até a venda ao consumidor. Sem esses três pilares o processo fica incompleto”, salienta o CEO.

Fernandes finaliza com uma observação: “É válido ressaltar que o varejista deve ter uma maturidade para compreender que a solução não opera de forma autônoma. É necessário um tripé consistindo em tecnologia, pessoas e processos. Faço uma analogia a entregar um carro de Fórmula 1 nas mãos de alguém habituado a dirigir carros convencionais nas ruas. Para atingir o desempenho máximo, é fundamental contar com uma equipe dedicada, da mesma forma que um carro de Fórmula 1 demanda um piloto especializado para alcançar resultados notáveis na pista”.

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