Em entrevista à Exame, o CEO do Atacadão, Marco Oliveira, falou um pouco sobre os projetos que a empresa vem trabalhando para atingir os seus objetivos de expansão até o ano de 2027. Parte desse plano de negócio inclui a instalação de setores como padaria, açougue e frios, os chamados PAF’s.
“Com o encolhimento dos hipermercados, tínhamos que acolher esse cliente do varejo. Por isso, estamos apostando nos PAFs. A cada 120 mil tíquetes, 20% consomem o PAF. Além disso, em algumas unidades há um mix de outros serviços como cafeterias, cabeleireiro, loteria e praça de alimentação”, declarou o executivo.
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Investir em seu e-commerce é outra aposta que o Atacadão vem tocando, tanto em seu site como no seu aplicativo voltado para o B2B e assim, alcançar uma média de vendas apresentada em outras varejistas que chega na casa de 12%.
Plano escalonado
Para o segundo semestre de 2024, o planejamento da empresa envolve a abertura de oito lojas, sendo duas delas em Salvador, na Bahia. No biênio 2025/2026, deve ocorrer uma divisão em etapas para a instalação de 92 novas lojas, sendo parte delas, convertidas para a bandeira Atacadão. “Há 40 lojas Carrefour candidatas à conversão”, conta Oliveira.
E para além dos planos até 2027, o CEO já estuda ao menos 100 projetos. “Para cada loja que eu planejo abrir, eu trabalho em três projetos. Neste momento, eu tenho mais de 100 projetos em estudo. Todos vão se concretizar? Provavelmente não, porque muitos morrem no caminho, a depender de terreno e legislação. Eu tenho 100 em estudo, para escolher a quantidade de lojas que vão nascer”.
Estratégia regional
Para driblar um cenário de inflação, juros elevados e concorrência cada vez mais acirrada, o Atacadão mantém uma estratégia focada na adaptabilidade regional. “Em nossas análises, há um fato que acontece: toda cidade que abre um novo Atacadão apresenta uma inflação isolada menor do que a do país ou do estado em que está. Isso porque precificamos nossos produtos de acordo com a condição de preço que conseguimos oferecer ao cliente em função do nosso custo estrutural — e somos uma empresa de baixo custo”, completou Marco.
Fonte: Exame