Home SeçõesABRAS As plataformas digitais e o futuro do varejo

As plataformas digitais e o futuro do varejo

De Administrador SH
0 Comentário

Modelo de negócios, que funciona a partir de ecossistema interativo e promete entregar valor de forma mútua, ganhou ainda mais relevância na era pós-pandemia

Você sabe o que significa o conceito de plataforma digital? A definição pode não estar na ponta da língua, mas muitas vezes é mais familiar do que imagina.

Entre os estudiosos deste conceito, que preconiza que todas as organizações estão, de alguma forma, conectadas uma com as outras e gerando valor de forma mútua, está Geoffrey Parker, professor de Engenharia do Dartmouth College e autor do livro “Plataforma, a revolução da estratégia”.

Parker foi o palestrante principal do painel Plataformas durante a 55ª Convenção ABRAS 2021. Além de fundamentar o conceito, Parker falou sobre como o modelo ganhou relevância nos últimos anos devido ao avanço da tecnologia, das redes sociais, do compartilhamento de dados e, mais recentemente, diante do boom do e-commerce por conta da pandemia. Para ele, esses ecossistemas – sejam próprios ou compartilhados – prometem agregar cada vez mais valor para as pessoas e representam um novo marco nas relações B2B e B2C.

Alfredo Pinto, sócio-diretor da Bain & Company na América do Sul, promoveu reflexões sobre o modelo entre os participantes a respeito dos riscos e oportunidades que ele traz para o varejo e para a indústria e, também, se é mais interessante construir uma plataforma própria ou participar de um modelo compartilhado.

Para Germán Quiroga, sócio da OMNI55, a adoção do modelo implica riscos, mas também oportunidades. Entre os riscos, destaca-se o que ele chamou de “tsunami digital”, que pressiona os varejistas a fazerem essa transição. No entanto, quem se reinventar e conseguir se adaptar pode transformar o tsunami em onda e surfar nela, colhendo resultados positivos. “A oportunidade é gigante para quem entender quais são seus ativos, aprender a conviver com gigantes, com superapps e com marketplaces”.

Everton Muffato, diretor do Grupo Muffato, compartilhou como foi a experiência da empresa na adoção do modelo de plataformas. No caso da companhia, a opção foi por um modelo híbrido: ela criou um ecossistema próprio e, também, passou a participar de ecossistemas compartilhados.

Para Parker, as duas opções podem trazer ganhos. No entanto, é necessário pensar na escala, ou seja, quanto deve ser investido. Muitas vezes, no caso de pequenas ou médias empresas, participar de plataformas já estabelecidas, mas com poder de voz e definição de regras, promete ser mais atrativo.

Caio Lira, vice-presidente da Ambev, ressaltou que o posicionamento da empresa é oferecer apoio e suporte para a digitalização do varejo. Para ele, o conceito de plataforma promete beneficiar tanto as relações B2B quanto B2C e que a empresa já tem investido nisso por meio de ações como o Zé Delivery, direcionado para bares e varejos de pequeno porte, e do “pedido inteligente”, que prevê uma execução no PDV mais assertiva por meio do compartilhamento de dados entre indústria e autosserviço.

Ao fim do painel, Bruno Balduccini, Sr. Digital e E-Commerce Manager da Unilever, compartilhou dados sobre a evolução da digitalização do mercado brasileiro puxada pelos efeitos da pandemia. “A última barreira no digital foi vencida com a adesão dos supermercados e com a transição de bens duráveis para não duráveis como os perecíveis”. E acrescentou. “Independentemente do canal, o consumidor é o mesmo. Portanto, é necessário fazer o arroz com feijão bem feito, tanto na loja física quanto on-line. Isso prevê o que chamamos de conceito de loja perfeita: investir em palavras-chaves, escolher termos que o consumidor usa na hora da busca pelo produto, conteúdo de qualidade, imagem capaz de identificar a mercadoria qualquer que seja o dispositivo móvel, avaliações de outros consumidores sobre o item, informações legais e recomendações sobre aquele artigo.”

Para saber mais detalhes desse e dos outros painéis da 55ª Convenção ABRAS, confira a cobertura completa na próxima edição da Revista SuperHiper.

Leia Também

Publicação oficial da  Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)

SuperHiper é a publicação oficial do setor supermercadista, produzida pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) há 48 anos. É uma importante ferramenta utilizada pela entidade para compartilhar informações e conhecimento com todas as empresas do autosserviço nacional, prática totalmente alinhada à sua missão de representar e desenvolver os supermercados brasileiros.

Leia a última edição

Abras

Super atualizada. Hiper Conectada