Por Renato Müller
Nos últimos meses, muitos varejistas reduziram seus investimentos em sistemas de autoatendimento devido à rejeição dos consumidores em relação à tecnologia – mas isso não significa que o self-checkout esteja em um momento ruim. Bem pelo contrário.
De acordo com um relatório divulgado recentemente pela RBR Data Services, o mercado de self-checkouts bateu recordes em 2023, crescendo 12% em todo o mundo com a entrega de 217 mil novos equipamentos. Os Estados Unidos são o principal mercado, devido principalmente ao uso da tecnologia por supermercados e lojas de conveniência.
A expectativa da RBR é que o mercado mundial de equipamentos de self-checkout chegue a 2 milhões de máquinas em 2029, mas até lá o crescimento não deve acontecer sem solavancos. As mudanças nos hábitos dos consumidores têm feito com que os varejistas mudem suas estratégias de uso dos terminais de autoatendimento, adotando equipamentos que só aceitam meios digitais de pagamento, como cartões e leitura biométrica.
Outra medida relevante é o ajuste do tamanho das operações de self-checkout, limitando o número de itens por compra para reduzir as possibilidades de furto. Ainda assim, a maioria das localidades tem optado por ampliar o uso dos terminais, adicionando equipamentos para reduzir ainda mais as filas e acelerar a passagem dos clientes pelos caixas.
“Projetos-piloto de uso de self-checkout estão aparecendo em países menores e a tecnologia está decolando em grandes mercados que demoraram para adotar o autoatendimento, como a Alemanha. Isso mostra que continua existindo um enorme potencial de crescimento no mundo”, analisa Jeni Blooomfield, gestora da RBR Data Services.