Tradicional varejista da zona norte de São Paulo, o Andorinha Hiper Center concluiu um projeto completo de digitalização da gestão de preços com a adoção de 20 mil etiquetas eletrônicas de prateleira (ou ESLs, sigla para Electronic Shelf Labels) em cerca de 95% da loja. A iniciativa trouxe ganhos significativos em produtividade, agilidade na adoção de preços promocionais e atualização mais rápida e precisa dos valores exibidos ao consumidor.
Com uma única loja de aproximadamente 6 mil metros quadrados, 16 mil SKUs (itens de produto) e cerca de 1.300 colaboradores, o hipermercado buscava uma solução para um problema frequente no segmento: imprecisões e prejuízos decorrentes da gestão manual da precificação.
“Mesmo com diversos controles internos, enfrentávamos desafios ocasionados por divergências de preços entre a gôndola e o caixa, além do alto tempo dedicado pelos nossos colaboradores para substituir etiquetas impressas”, diz o diretor de operações do Andorinha Hiper Center, Irineu Balzan. “Em dias de mudança de ofertas, era comum que colaboradores estendessem o expediente só para trocar tags de papel, o que afetava a operação e gerava custo extra”, acrescenta.
Precificação em tempo real
A jornada de transformação tecnológica do Andorinha começou em 2023 com um projeto piloto que envolveu a instalação de 250 etiquetas eletrônicas de 2.6 polegadas instaladas na área de bebidas. Após seis meses de resultados positivos, o hipermercado estendeu a adoção da tecnologia, cobrindo quase toda a área total da loja. A implementação, realizada ao longo do primeiro semestre de 2024, envolveu também três cartazes digitais de 49 polegadas integrados às ESLs, além de oito antenas de radiofrequência. Esse infraestrutura tecnológica é monitorada pela Seal Care, serviço de suporte técnico preventivo e em tempo real da Seal Sistemas, garantindo total cobertura e controle das tags digitais.
“A principal vantagem foi a automatização total do processo de troca de preços, que antes demandava de uma a duas horas diárias de até 100 colaboradores”, afirma o gerente sênior de TI do Andorinha, Flávio Boer. “Hoje, eliminamos esse tempo que levávamos para modificar os preços. As atualizações são automáticas e levam poucos segundos, via Wi-Fi, com integração ao sistema de gestão de preços que já utilizávamos”, complementa.
Para os consumidores, além de exibirem preço e descrição do produto, as ESLs mudam automaticamente de cor – para vermelho, em casos de promoção. Já para os gestores da loja, as tags permitem identificar rapidamente em qual corredor o produto correspondente está posicionado. Já os cartazes digitais exibem em tempo real as ofertas de alimentos e bebidas, reforçando a comunicação visual e dando impulso extra ao faturamento da loja.
Produtividade e experiência de consumo
A precificação digitalizada rendeu ganhos concretos ao Andorinha. As ESLs aumentaram a velocidade de resposta às variações de preços do mercado e deram mais agilidade às promoções-relâmpago, ampliando o poder de negociação com a indústria.
Além disso, as tecnologia eliminou erros operacionais provocados pela necessidade de trocar manualmente as etiquetas impressas – sobretudo a divergência de preços. Esse fator foi fundamental para melhorar a percepção de valor pelo consumidor, que passou a visualizar preços e outras informações com maior correção e clareza, evitando surpresas na hora de fazer o pagamento no caixa.
“Com as etiquetas eletrônicas, passamos a ter uma operação mais moderna, ágil e sustentável. A tecnologia nos permitiu realocar colaboradores para áreas mais estratégicas e eliminar as horas extras. Também reduzimos o uso de papel e agregamos ainda mais competitividade à loja diante da concorrência”, destaca Balzan.
O projeto bem-sucedido faz a varejista avaliar novas frentes de inovação, como a adoção de retail media, a ampliação do número de cartazes digitais e a integração de novos dados às etiquetas digitais – como a data de validade dos produtos. São itens que devem fazer parte da ampliação do complexo que abriga a loja, o que inclui a construção de um shopping center, com inauguração prevista ainda para 2025.
“O case do Andorinha Hiper Center reforça o potencial das etiquetas eletrônicas como ferramenta estratégica para o setor supermercadista. Um verdadeiro exemplo de como a tecnologia pode gerar resultados reais, alinhados à estratégia de negócio do cliente”, diz o CEO da Seal Sistemas, Wagner Bernardes. “As ESLs são um divisor de águas para o varejista ao reduzirem custos, aumentarem a velocidade de resposta e elevar a um novo patamar a interatividade com o consumidor na loja física”, conclui.