Empresa passa a cobrar US$ 9,99 por mês para entregas ilimitadas a partir de US$ 35 em três cidades americanas
Por Renato Müller
A Amazon começou, na semana passada, a testar um serviço de assinatura de itens de supermercado para seus clientes Prime de regiões selecionadas dos Estados Unidos. Consumidores de Denver, Sacramento e Columbus (em três áreas bem diferentes do país, com características climáticas e populacionais diversificadas) fazem parte do teste.
O sistema funciona da seguinte maneira: por uma taxa adicional de US$ 9,99 ao mês, os clientes Prime passam a receber entregas ilimitadas de itens de supermercado a partir de lojas Amazon Fresh ou Whole Foods, desde que o pedido seja superior a US$ 35. “Estamos sempre testando novos recursos para facilitar as compras e torná-las mais rápidas e baratas”, disse Tony Hoggett, diretor de lojas físicas da Amazon.
Essa é a mais nova iniciativa da varejista para ganhar espaço em um mercado que movimenta US$ 800 bilhões ao ano somente nos EUA. Mesmo depois de adquirir a Whole Foods em 2017 e acelerar a abertura de lojas Amazon Fresh desde 2020, a empresa continua tendo participação de menos de 10% no mercado americano.
Segundo analistas locais, a grande fragilidade da Amazon é a presença rarefeita de lojas físicas: seu grande rival no varejo, o Walmart, tem mais de 85% da população americana a menos de 15km de um ponto de venda, o que permite usar as lojas como mini CDs, reduzir os custos de entrega (o maior motivo para abandono de carrinho no e-commerce de alimentos) e viabilizar a operação, uma vez que, tipicamente, supermercados têm uma margem líquida inferior a 2%.