Cesta Abrasmercado recua -4,22% no ano – maior deflação no acumulado do ano desde 2017; carne bovina, óleo de soja, leite, feijão e café registraram queda mais acentuadas nos preços últimos 12 meses
O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados – encerrou o ano em queda de -4,22%, maior deflação registrada no acumulado do ano desde 2017 (-7,05%) na cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza. Dentre os itens para consumo no lar três cestas se destacaram no recuo dos preços: proteína animal, alimentos básicos e lácteos.
Na cesta de proteínas animal, o excesso de oferta de carne bovina no mercado interno ao longo do ano contribuiu não só para a composição de uma cesta de abastecimento com produtos de maior valor agregado, mas também para a queda expressiva nos preços. Em 12 meses, foram registradas quedas nos preços dos cortes do dianteiro (-11,60%) e do traseiro (-9,44%). Outras variações negativas na cesta foram o frango congelado (-7,44%) e o pernil (-2,34%).
Na cesta de alimentos básicos as principais quedas vieram do óleo de soja (-28%), do feijão (-13,78%), da farinha de trigo (-9,14%), do leite longa vida (-7,82%). Na contramão das quedas estão as altas acumuladas no arroz (+24,54%) e o açúcar (+11,20%).
Os preços dos produtos lácteos recuaram mês a mês e no fechamento do período as principais quedas acumuladas foram registradas em leite longa vida (-7,82%), margarina (-6,38%), leite em pó (-5,11%).
Ao longo do ano, os hortifrutigranjeiros foram influenciados por fatores climáticos e pela reoneração do óleo diesel. A principal alta veio da batata (+4,19%). Outros itens encerraram o período em queda acumulada: cebola (-25,33%), tomate (-2,90%).
Na categoria de higiene e beleza todos os produtos registraram alta no acumulado dos 12 meses: creme dental (+6,06%), papel higiênico (+4,23%), xampu (+2,67%), sabonete (+1,92%).
Na cesta de limpeza as maiores variações foram puxadas por desinfetante (+6,41%), água sanitária (+0,61%), sabão em pó (+0,51%). A única deflação da categoria foi registrada nos preços do detergente líquido para louças (-0,60%).
Em dezembro, a cesta passou de R$ 712,94 para R$ 722,57 uma alta de +1,35%.
Na análise regional, todas as cinco regiões registraram deflação no acumulado do ano. A maior queda foi registrada na região Nordeste (-5,07%) que passou de R$ 684,51 para R$ 649,80; seguida por Norte (-4,79%) passando de R$ 832,62 para R$ 792,74; Sul (-4,08%) passando de R$ 843,36 para R$ 808,92; Sudeste (-3,63%) com recuo nos preços de R$ 760,26 para R$ 732,67 e Centro-Oeste (-3,25%) passando de R$ 703,47 para R$ 680,64.
Cesta de 12 produtos básicos recua -4,82% no ano
No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve queda de -4,82% no acumulado do ano, passando de R$ 317,56 para R$ 302,24.
Os principais recuos nos preços foram registrados em óleo de soja (-28%), feijão (-13,78%), carne bovina – cortes do dianteiro (-11,60%), farinha de trigo (-9,14%), café torrado e moído (-9,07%), leite longa vida (-7,82%), margarina cremosa (-6,38%), massa sêmola de espaguete (-2,34%).
Dentre as altas estão arroz (+24,54%), açúcar (+11,20%), farinha de mandioca (+5,02%).