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Abrasmercado: preços da cesta recuam 0,08% na 5ª queda consecutiva

Arroz (-22,82%), feijão (-4,51%), carne bovina – traseiro (-2,49%) e leite longa vida (-2,01%) puxam as quedas acumuladas no ano

De Redação SuperHiper
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O Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços de 35 produtos de largo consumo, registrou retração de 0,08% em outubro, marcando a quinta queda mensal consecutiva — ainda que em ritmo menor que nos meses anteriores, quando foram observadas reduções de 0,43% em junho, 0,78% em julho, 1,06% em agosto e 0,64% em setembro. De janeiro a outubro, a variação acumulada é de 0,57%. Com o resultado, o valor médio da cesta passou de R$ 799,70 em setembro para R$ 799,08 em outubro.

No mês, entre os produtos básicos da alimentação, houve queda nos preços do arroz (-2,49%), leite longa vida (-1,88%), açúcar refinado (-0,92%), massa sêmola de espaguete (-0,61%), farinha de mandioca (-0,34%), farinha de trigo (-0,32%) e café torrado e moído (-0,31%). Subiram o óleo de soja (+4,64%) e o feijão (+1,64%). No ano, destacam-se as reduções nos preços do arroz (-22,82%), do feijão (-4,51%) e do leite longa vida (-2,01%).

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Entre as proteínas animais, apresentaram quedas os ovos (-2,66%), a carne bovina — corte dianteiro (-0,34%) e pernil (-0,11%). Tiveram altas o corte traseiro (+0,37%) e o frango congelado (+0,36%). No acumulado do ano, tanto o corte traseiro (-2,49%) quanto o dianteiro (-0,60%) registram queda, refletindo um movimento de acomodação dos preços após a forte aceleração observada no segundo semestre de 2024, quando as exportações aquecidas, a demanda interna mais firme e as queimadas pressionaram os valores para cima. “Uma queda moderada já sinaliza um alívio importante em uma categoria muito sensível para o consumidor”, analisa Milan.

De janeiro a outubro, o pernil registra queda de 2,27%, enquanto o frango congelado acumula alta de 1,68% e ovos, de 5,82%.

Nos alimentos in natura, a alta foi mais acentuada na batata (+8,56%) e no tomate (+2,15%). A única retração veio da cebola (-1,13%).

Nos produtos de uso pessoal, as variações foram: xampu (+0,68%), creme dental (+0,34%), sabonete (-0,24%) e papel higiênico (-1,00%).

Já na limpeza doméstica, houve queda nos preços de detergente líquido para louças (-0,70%), desinfetante (-0,19%) e sabão em pó (-0,17%). Já a alta foi puxada pela água sanitária (+0,47%).

Análise regional

A maior retração foi observada no Sul (-0,45%), onde o valor médio da cesta passou de R$ 881,79 para R$ 877,81. A queda foi influenciada pelo recuo nos preços de leite longa vida (-3,95%), açúcar refinado (-2,79%), frango congelado (-1,28%), além da estabilidade do feijão (0,01%), em contraste com a alta de 1,64% registrada na média nacional. O café torrado e moído apresentou leve queda de (-0,07%).

Na sequência, aparece o Nordeste (-0,19%), onde o valor médio recuou de R$ 712,01 para R$ 710,62. No Sudeste (+0,33%), a cesta subiu de R$ 814,27 para R$ 816,99. No Centro-Oeste (+0,42%) o valor avançou de R$ 750,88 para R$ 754,00. Por fim, o Norte (+0,68%) registrou a maior alta entre todas as regiões, com o valor da cesta passando de R$ 871,06 para R$ 876,96.

Recorte: preços recuam 0,49% no quinto mês consecutivo

Óleo de soja (+4,64%) e feijão (+1,64%) puxaram a alta, enquanto arroz (-2,49%) e leite longa vida (-1,88%) lideraram as quedas em outubro

No Nordeste, cesta fica abaixo de R$ 300,00 – menor preço entre todas as regiões

No recorte de 12 produtos básicos, o preço médio nacional registrou retração de -0,49% em outubro, passando de R$ 346,93 para R$ 345,25. No mês, dez itens apresentaram redução de preços: arroz (-2,49%), leite longa vida (-1,88%), açúcar refinado (-0,92%), massa sêmola de espaguete (-0,61%), queijo muçarela (-0,50%), farinha de mandioca (-0,34%), carne bovina – cortes do dianteiro (-0,34%), farinha de trigo (-0,32%), café torrado e moído (-0,31%), margarina cremosa (-0,05%). Houve alta no óleo de soja (+4,64%) e no feijão (+1,64%).
Na análise regional desta cesta reduzida, o Sul apresentou queda de 0,74%, com o valor médio de R$ 369,00. No Sudeste, houve leve variação negativa de 0,01%, com preço médio de R$ 359,95. O Centro-Oeste variou 0,02%, com preço de R$ 339,86, enquanto o Nordeste recuou 0,04%, para R$ 299,98. No Norte, a cesta registrou alta de 0,48%, passando a custar R$ 416,67.

Capitais e regiões metropolitanas

Entre capitais e regiões metropolitanas, os maiores valores médios para a cesta de 12 produtos continuam concentrados no Norte, com Rio Branco (R$ 416,26) e Belém (R$ 417,08). No Nordeste, seguem os menores preços do país, com destaque para Aracaju (R$ 298,81), Fortaleza (R$ 298,91), Salvador (R$ 299,83), São Luís (R$ 300,83) e Recife (R$ 301,54). No Centro-Oeste, os valores ficaram em R$ 339,62 em Campo Grande, R$ 338,75 em Goiânia e R$ 341,21 em Brasília. No Sudeste, São Paulo registrou R$ 355,24, Belo Horizonte R$ 360,25, Grande Vitória R$ 362,09 e Rio de Janeiro R$ 362,25. No Sul, Curitiba alcançou R$ 372,00, um dos maiores valores do país, atrás apenas das capitais do Norte, enquanto Porto Alegre registrou R$ 361,01.

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