O Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços de 35 produtos de largo consumo, registrou retração de 0,64% em setembro, marcando a quarta queda consecutiva — após reduções de 0,43% em junho, 0,78% em julho e 1,06% em agosto.
Diante da variação, o valor médio da cesta passou de R$ 804,85 em agosto para R$ 799,70 em setembro. Com isso, ficou próximo ao nível registrado em dezembro de 2024, quando a cesta encerrou o mês em R$ 794,56. No acumulado de 12 meses, o indicador apresenta variação de 8,15%.
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A baixa nos preços dos itens da cesta reflete a ampliação da oferta no campo. “Clima mais favorável, safras recordes e menor pressão dos preços internacionais contribuíram para conter o avanço dos preços”, explica o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
No mês, os produtos básicos da alimentação seguiram em queda, com destaque para o arroz (-2,14%), açúcar refinado (-0,99%), massa sêmola de espaguete (-0,76%), feijão (-0,63%), farinha de mandioca (-0,53%), farinha de trigo (-0,52%), leite longa vida (-0,45%) e café torrado e moído (-0,06%). Em contrapartida, apresentaram alta o óleo de soja (+3,57%), a margarina cremosa (+0,90%) e extrato de tomate (+0,28%). No ano, o arroz recua 20,85% e o feijão 6,05%.
Entre as proteínas animais, houve redução nos preços dos ovos (-2,84%), frango congelado (-1,23%), pernil (-0,99%), carne bovina — corte dianteiro (-0,29%), enquanto o corte traseiro apresentou leve estabilidade (+0,16%).
Nos produtos in natura, a queda foi mais acentuada, com destaque para as reduções nos preços do tomate (-11,52%), da cebola (-10,16%) e da batata (-8,55%). No ano, os preços da batata recuaram 27,27%.
Entre os itens de uso pessoal, as variações foram: creme dental (+0,20%), papel higiênico (+0,36%), xampu (+0,48%) e sabonete (+0,52%).
Já na limpeza doméstica, houve queda nos preços de sabão em pó (-0,09%) e água sanitária (-0,58%), enquanto detergente líquido para louças (+1,18%) e desinfetante (+0,24%) registraram alta.
Análise regional
A maior retração foi observada no Sul (-0,74%), com ao valor da cesta passando de R$ 888,38 em agosto para R$ 881,79 em setembro. A queda foi influenciada pelo recuo nos preços de ovos (-4,97%), pernil (-3,47%), arroz (-3,17%), leite longa vida (-1,54%) e café torrado e moído (-1,39%).
Em seguida, aparece o Centro-Oeste (-0,60%), onde o valor médio passou de R$ 755,40 para R$ 750,88. No Nordeste (-0,55%), a cesta recuou de R$ 715,95 para R$ 712,01, enquanto no Sudeste (-0,52%) o valor caiu de R$ 818,54 para R$ 814,27.
Por fim, o Norte (-0,31%) apresentou a menor variação negativa, com o valor da cesta passando de R$ 873,79 para R$ 871,06.
Recorte: pressão menor das commodities reduz preços da cesta de 12 produtos ao patamar de dezembro/24
No recorte de 12 produtos básicos, o preço médio nacional registrou queda de 0,36% em setembro, passando de R$ 348,17 para R$ 346,93. Com o resultado, os preços voltaram a um patamar próximo ao registrado em dezembro de 2024, quando a cesta ficou em R$ 345,23.
No mês, dez itens apresentaram redução de preços: arroz (-2,14%), massa sêmola de espaguete (-0,76%), feijão (-0,63%), farinha de mandioca (-0,53%), farinha de trigo (-0,52%), leite longa vida (-0,45%), carne bovina – cortes do dianteiro (-0,29%), café torrado e moído (-0,06%), açúcar refinado (-0,99%), queijo muçarela (-0,10%).
Em contrapartida, dois produtos registraram alta: óleo de soja (+3,57%) e margarina cremosa (+0,90%).
Na análise regional, o Sul liderou as reduções, com retração de 0,62%, e o valor médio da cesta passando de R$ 374,08 para R$ 371,75.
Em seguida vieram o Centro-Oeste (-0,49%), com queda de R$ 341,48 para R$ 339,80; o Norte (-0,21%), com redução de R$ 415,58 para R$ 414,69; o Sudeste (-0,14%), com recuo de R$ 360,50 para R$ 360,01; e o Nordeste (-0,08%), com leve queda de R$ 300,37 para R$ 300,12.
Capitais e regiões metropolitanas
Em setembro, as capitais e regiões metropolitanas registraram os seguintes valores médios para a cesta de 12 produtos.
No Norte, os maiores preços continuam sendo observados em Rio Branco (R$ 415,95) e Belém (R$ 413,42), mantendo a região na liderança nacional.
No Nordeste, seguem os menores preços médios do país: Fortaleza (R$ 296,96), Recife (R$ 299,64), Salvador (R$ 299,71), São Luís (R$ 303,65) e Aracaju (R$ 300,62) confirmando o menor custo da cesta na região.
No Centro-Oeste, os preços oscilaram entre Campo Grande (R$ 337,25), Goiânia (R$ 340,47) e Brasília (R$ 341,67).
No Sudeste, os valores ficaram em patamares próximos, com destaque para São Paulo (R$ 359,94), Rio de Janeiro (R$ 359,92), Belo Horizonte (R$ 358,89) e Grande Vitória (R$ 361,27).
No Sul, os preços médios foram de Curitiba (R$ 370,19) e Porto Alegre (R$ 373,32), mantendo-se entre os mais elevados do país, atrás apenas das capitais do Norte.