A projeção de alta nos preços das proteínas animais – antecipada pela ABRAS – diante da redução do pasto com as queimadas e do aumento nas exportações no segundo semestre já é registrada na cesta de abastecimento dos lares. Na carne bovina, em setembro, os cortes do dianteiro subiram +2,96% e cortes do traseiro +3,79%. A alta dos preços da carne bovina tende a deslocar a demanda para outras proteínas e elevar os preços da cesta. No mês, os preços do pernil subiram +3,67% e do frango +0,59%. A única queda veio dos ovos, com recuo de -1,73%.
Outras altas vieram dos preços de produtos básicos como o café torrado e moído (+4,02%), óleo de soja (+3,53%), massa sêmola de espaguete (+1,18%), leite longa vida (+1,17%). De janeiro a setembro, as principais altas acumuladas são: café torrado e moído (+24,92%), leite longa vida (+21,66%), arroz (+9,75%), pernil (+5,96%), óleo de soja (+5,37%).
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Com as variações registradas no mês na comparação com agosto, o Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza – registrou alta de 0,90% na média nacional. Os preços da cesta passaram de R$ 732,82 para R$ 739,44. No acumulado do ano, a alta é de 2,34%.
Na análise por região, a alta mais expressiva foi registrada no Centro- Oeste (+1,31%) onde os preços saíram de R$ 687,90 para R$ 696,91. As maiores altas foram puxadas por café torrado e moído (+7,10%), carne bovina – traseiro (+3,92%) e dianteiro (+3,61%), pernil (+3,22%), arroz (+1,84%). As demais altas foram: Sudeste (+1,27%) com preços saindo de R$ 746,08 para R$ 755,59 e Sul (+0,37%) de R$ 826,28 para R$ 829,37. Foram registrados recuo nos preços da região Norte (-0,35%), onde passaram de R$ 803,24 para R$ 801,06. Houve estabilidade no Nordeste (-0,02%) onde os preços da cesta ficaram em R$ 667,38.
Cesta de 12 produtos básicos sobe 1,32%
Cesta mais cara foi registrada na capital Rio Branco (AC) e a mais barata em Aracaju (SE)
No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 1,32% em setembro, passando de R$ 314,38 para R$ 318,52, na média nacional.
Dentre os produtos básicos as altas foram registradas no café torrado e moído (+4,02%), óleo de soja (+3,53%), carne bovina – corte do dianteiro (+2,96%), massa sêmola de espaguete (+1,18%), leite longa vida (+1,17%), margarina cremosa (+0,53%). Já as quedas foram puxadas por feijão (- 1,42%), da farinha de mandioca (-1,16%), açúcar refinado (-0,90%), farinha de trigo (-0,59%).
As variações por região foram: Sudeste (+2,24%) onde os preços saíram de R$ 322,12 para R$ 329,32; Centro-Oeste (+1,98%) onde os preços passaram de R$ 310,91 para R$ 317,07; Sul (+1,09%) onde os preços passaram de R$ 339,31 para R$ 343,00; Nordeste (+0,79%) passando de R$ R$ 277,06 para R$ 279,29; Norte (-0,18%) passando de R$ 379,92 para R$
379,22.
Nas capitais e nas regiões metropolitanas os preços da cesta em setembro foram: Rio Branco (AC) R$ 379,61; Belém (PA) R$ 378,83; Curitiba (PR) R$ 343,43; Porto Alegre (RS) R$ 342,57; Belo Horizonte (MG) R$ 333,13; Vitória (ES) R$ 329,47; Rio de Janeiro (RJ) R$ 328,62; São Paulo (SP) R$ 326,06; Campo Grande (MS) R$ 320,44; Goiânia (GO) R$ 318,91; Brasília (DF) R$ 311,86; São Luis (MA) R$ 282,42; Salvador (BA) R$ 281,80; Fortaleza (CE) R$ 279,66; Recife (PE) R$ 278,82; Aracaju (SE) R$ 273,58.