O Abrasmercado — indicador que mede a variação de preços de 35 produtos de largo consumo — registrou retração de 0,78% em julho, marcando a segunda queda consecutiva após o recuo de 0,43% em junho. O resultado reflete um quadro em que 29 dos 35 itens pesquisados apresentaram queda ou oscilações de baixa intensidade, entre -0,50% e +0,50%, enquanto apenas seis registraram altas acima desse limite.
“As variações observadas foram de baixa intensidade e ainda não configuram estabilidade de preços. Para isso, é preciso acompanhar esse comportamento ao longo dos próximos meses”, avalia Milan.
Com o novo recuo, o valor médio da cesta passou de R$ 819,81 para R$ 813,44.
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Entre as proteínas animais, as principais retrações vieram dos ovos (-2,43%) e do pernil (-1,17%). Já a carne bovina e o frango congelado oscilaram dentro de margens estreitas: dianteiro (-0,06%), traseiro (+0,18%) e frango (+0,04%).
Nos produtos básicos da alimentação, também predominou a queda puxada por arroz (-2,89%), feijão (-2,29%), café torrado e moído (-1,01%), macarrão tipo espaguete de sêmola (-0,59%) e extrato de tomate (-0,55%). No acumulado do ano, a tendência de retração permanece para arroz (-16,95%), óleo de soja (-7,02%) e feijão (-3,23%). Em julho, outros itens essenciais
registraram oscilações de baixa intensidade, como farinha de trigo (-0,37%), farinha de mandioca (+0,01%), leite longa vida (+0,11%) e óleo de soja (+0,46%).
No grupo hortifrúti, todas os itens da cesta apresentaram retração, sendo as mais acentuadas na batata (-20,27%) e na cebola (-13,26%), além do tomate (-0,74%). Esses produtos tiveram peso determinante na redução do valor médio da cesta no mês.
Nos itens de uso pessoal, as variações foram: papel higiênico (+0,62%), xampu (+0,76%) e creme dental (+0,77%). Apenas o sabonete permaneceu praticamente estável (-0,01%). Na limpeza doméstica, o comportamento heterogêneo. A maior alta veio da água sanitária (+1,21%) e do detergente líquido para louças (+0,50%). Já o sabão em pó (-1,38%) e o desinfetante (-0,11%) registraram quedas.
Análise regional: preços no Centro-Oeste caem 1,51%
Na análise por regiões, a maior retração foi registrada no Centro-Oeste (- 1,51%), com a cesta passando de R$ 772,03 em junho para R$ 760,40 em julho. Em seguida, aparece o Sudeste (-0,97%), com redução de R$ 836,85 para R$ 828,77.
No Sul, os preços recuaram 0,37%, com o preço da cesta caindo de R$ 897,63 para R$ 894,33. O Nordeste apresentou queda de 0,34%, passando de R$ 730,98 para R$ 728,48. Já o Norte teve a menor variação negativa, com recuo de 0,16%, e a cesta finalizando o mês em R$ 887,07, ante R$ 888,51 em junho.
Cesta de 12 produtos básicos recua 0,44% em julho
No recorte da cesta de alimentos básicos — composta por 12 itens — o preço médio nacional apresentou queda de 0,44% em julho, passando de R$ 353,42 para R$ 351,88.
No mês, seis itens registraram retração: arroz (-2,89%), feijão (-2,29%), café torrado e moído (-1,01%), queijo muçarela (-0,91%), macarrão sêmola de espaguete (-0,59%), farinha de trigo (-0,37%). Outros quatro produtos apresentaram variações residuais: carne bovina – cortes do dianteiro (-0,06%), farinha de mandioca (+0,01%), margarina cremosa (+0,06%) e leite longa vida (+0,11%). Os únicos aumentos foram observados no açúcar refinado (+0,63%) e no óleo de soja (+0,46%).
Análise regional – Preços do arroz recuam 4,30% no Centro- Oeste
O Centro-Oeste registrou a maior retração mensal (-1,16%), com a cesta caindo de R$ 346,67 para R$ 342,64. O resultado foi influenciado por quedas no arroz (-4,30%), feijão (-2,65%), café torrado e moído (-2,44%), farinha de mandioca (-1,61%), farinha de trigo (-0,41%), carne bovina — dianteiro (-0,34%) e açúcar refinado (-0,15%).
No Nordeste, a cesta recuou 0,71%, com a cesta passando de R$ 306,71 para R$ 304,53, com reduções nos preços do arroz (-2,51%), do leite longa vida (-1,17%) e do feijão (-1,14%).
No Sul, a retração foi de 0,56%, com a cesta caindo de R$ 378,70 para R$ 376,57, puxada por arroz (-3,18%) e café torrado e moído (-2,32%).
No Sudeste, a queda foi de 0,54%, com o valor da cesta reduzindo-se de R$ 366,98 para R$ 365,00. As principais quedas ocorreram no arroz (-2,21%), café torrado e moído (-1,37%), feijão (-1,33%) e farinha de trigo (-1,27%).
No Norte, houve recuo de 0,42%, com a cesta passando de R$ 421,19 para R$ 419,44. O resultado foi impactado por reduções no arroz (-4,16%), macarrão sêmola de espaguete (-1,44%), café torrado e moído (-1,43%), queijo muçarela (-1,12%), óleo de soja (-0,49%).
Capitais e regiões metropolitanas:
Em julho, as capitais e regiões metropolitanas registraram os seguintes valores médios para a cesta de 12 produtos. No Norte, os maiores preços continuam sendo observados em Rio Branco (R$ 418,90) e Belém (R$ 419,98), mantendo a região na liderança nacional dos maiores preços. No Sul, os valores ficaram em R$ 377,36 em Porto Alegre e R$ 375,77 em Curitiba.
No Sudeste, os preços se mantiveram em patamares muito próximos, com destaque para São Paulo (R$ 366,73), seguido por Rio de Janeiro (R$ 365,77), Grande Vitória (R$ 364,07) e Belo Horizonte (R$ 363,43).
No Centro-Oeste, os valores oscilaram entre R$ 341,28 em Goiânia, R$ 342,75 em Brasília e R$ 343,87 em Campo Grande.
No Nordeste, continuam sendo registrados os menores valores médios do país. Salvador apresentou a menor média (R$ 303,24), seguida por Fortaleza (R$ 303,51), São Luís (R$ 304,15), Recife (R$ 304,31) e Aracaju (R$ 307,46), refletindo o menor custo da cesta na região.