Realizada no Transamérica Expo Center, a palestra contou com a presença da gerente de monitoramento e avaliação do risco da Anvisa, Adriana Torres
Como parte da programação do Smart Market 2024, realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), no dia 09 de abril, tivemos a apresentação do Balanço RAMA, programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos, é um programa de rastreamento de frutas, legumes e verduras idealizado pela ABRAS.
Esse trabalho conta com adesão voluntária e tem como objetivo fomentar as boas práticas agrícolas, acompanhando as tendências mundiais do setor varejista na atenção à segurança dos alimentos oferecidos aos seus consumidores.
Marcio Milan, vice-presidente de relações institucionais e administrativo da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Giampaolo Buso, CEO da Paripassu e Adriana Torres, gerente de monitoramento e avaliação do risco da Anvisa, foram os painelistas responsáveis pela apresentação. Após uma breve exposição sobre os 18 anos do RAMA, Milan repassou a fala para Giampaolo, que deu sequência na palestra, apresentando os pilares do programa.
Um dos pontos importantes do programa como um todo é a presença de agentes que participam dessa cadeia: produtores, distribuidores, supermercados, indústria de insumos e governo. “Trazer o governo para essa pauta, sem ser punitivo, e olhando pro lado de desenvolvimento, foi uma tarefa e uma construção na relação de confiança. Ter essa relação de confiança, porque nós temos uma questão de fiscalização, em todos os elos da cadeia de abastecimento, mas estamos trocando dados, analisando esse dado do ponto de vista técnico para que ele possa ser útil de fato na cadeia e no desenvolvimento. Então, esse ciclo, por mais simples que ele seja, é muito difícil de desenvolvê-lo”, declarou Giampaolo.
Outro aspecto de grande relevância apresentado pelo painelista foi o tema “Eficiência & Segurança”. “Olhando para a segurança e a rastreabilidade, nós percebemos que a eficiência é afetada diretamente pelo processo de acompanhamento da qualidade do alimento que chega no supermercado. Quando olhamos a rastreabilidade, quando eu monitoro a questão dos químicos, o produtor e o distribuídor prestador mais atenção na qualidade do que ele está entregando”.
Hoje, 74 supermercados fazem parte do programa RAMA, que somados, representam aproxidamente 40% do market share de vendas no país. “Nós pegamos um determinado produto, enviamos para o laboratório e temos o resultado da analise feita. Esse trabalho de monitoramento de resíduos é feito praticamente em quase todas as unidades federativas”, esclareu Giampaolo.
Os impactos positivos que os supermercados têm com esse trabalho são expressivos. Eles contam com uma melhor organização da base de fornecedores de FLV, redução da perda de produto e impacto direto no indicador de eficiência operacional, automatização do recebimento de FLV com uso do código de barras e QR Code e o atendimento a legislação nacional INC 02/2028.
“Um dos principais indicadores que acompanhamos é a tonelagem de produtos que são declarados na lógica da rastreabilidade. É preciso que haja coerência. Se a gente esta aumentando o números de supermercados, o número de fornecedores, a quantidade de produtos, a linha do indicador deve sempre apontar para cima. Em 2023 foram rastreados 2,64 milhões de toneladas e a projeção para 2024 é de 2,7 milhões”, esclareceu Giampaolo.
“Quando nós olhamos os dados do RAMA e fazemos um paralelo com os dados do PARA – Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimento – que é coordenadora pela Anvisa, observamos que neles são adotadas estratégias diferentes, mas no final, os resultados são semelhantes, mesmo tendo outras abordagens”, comentou Adriana Torres.
Confira em breve a cobertura completa de como foi o painel e o que foi discutido na próxima edição da revista SuperHiper.