Home SeçõesABRAS “A gestão de resíduos sólidos ganhou credibilidade no governo”, diz secretário

“A gestão de resíduos sólidos ganhou credibilidade no governo”, diz secretário

Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG 2024 discutiu o tema Economia Circular, e teve a participação do Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf Filho

De Redação SuperHiper
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Realizado na última segunda-feira, 10, no B Hotel, em Brasília, o Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG 2024 contou com a presença de autoridades do poder executivo, legislativo, agências regulatórias e cadeia produtiva. Na sessão 4, realizada à tarde, reuniu três temas importantes: Consumo Consciente, Economia Circular, Reduzir o desperdício com a adoção do “Best Before” e Combate à fome – Conectar o mapa do desperdício ao mapa da fome. Participaram do tema o vice-presidente da ABRAS e Diretor Institucional do Carrefour, Delcio Sandi, o Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf Filho, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo – SDI, Renata Bueno Miranda, o Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – DPDC do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Dr. Victor Hugo do Amaral, e o diretor executivo na Action Relações Governamentais, João Henrique Hummel.

Com o objetivo de apresentar propostas concretas para solucionar os desafios identificados e discutir as propostas surgidas ao longo dos fóruns anteriores, essa data foi marcada por diversas discussões e troca de ideias, tendo a Economia Circular, como um dos assuntos abordados.

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O Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, foi um dos convidados para falar durante o Fórum. “O tema da gestão de resíduos sólidos e a logística reversa, são temas que hoje ganharam muita credibilidade diante do governo federal.

Desde que nós tivemos uma catadora de material reciclável passando a faixa para o Presidente em sua posse, um dos primeiros decretos do Presidente, o 11414, recriando o Comitê Interministerial de Inserção Socioprodutivo dos Catadores, a recriação do Programa Diogo de Sant’Ana Pró Catador, nós temos um conjunto enorme de ações sendo feitas pelo governo para dialogar com todos esses temas.

Délcio Sandi, Adalberto Maluf Filho, Renata Bueno Miranda, Dr. Vitor Hugo do Amaral e João Henrique Hummel

O governo decidiu ter uma abordagem um pouco mais enfática em relação a política nacional de logística reversa. A pedido da ministra Marina Silva e do presidente Lula, a gente vai nessas próximas semanas, anunciar vários decretos e portarias sobre esses temas, algumas delas lidam com o tema de orgânico e compostagem, mas eu acho que o momento agora é para debater”, declarou Maluf.

O próximo convidado do Fórum a falar foi o Diretor Sênior de Relações Governamentais Coca-Cola Brasil e presidente da ABIR, Victor Bicca Neto. Ele iniciou o seu discurso destacando o longo período em que o tema “Resíduos Sólidos” passou por tramitação no Congresso Nacional.

Victor Bicca, presidente da Abir

“Passamos mais de 20 anos no Congresso e foi aprovado há 14 anos atrás e a gente ainda está discutindo. Só aí já são 34 anos. O primeiro acordo setorial demorou quase 7 anos para ser feito. Foi muito aprendizado e hoje existe uma grande judicialização desse tema. E a gente, nos últimos anos, tem conseguido normatizar de uma forma mais amigável.

“A nossa política de resíduos é muito inovadora. Criou-se o princípio da responsabilidade compartilhada, que hoje, diversos outros países adotam. Essa política contou com um viés social que foi a inclusão dos catadores, que é uma situação brasileira e que foi espalhado mundo a fora.

Hoje temos um catador brasileiro liderando a Associação Mundial de Catadores, o Severino Lima Junior. Temos uma política que modernizou essa discussão de resíduos sólidos”, esclareceu Bicca.

Sobre os desafios que a prática da Economia Circular ainda tem a enfrentar, Victor Bicca completou dizendo que “o primeiro desafio é a coleta. A abrangência de coleta no Brasil ainda é muito pequena. Nos últimos anos chegou a apenas 18%, mas é um grande desafio porque você pode até ter uma cidade com coleta seletiva, mas nem toda ela é abrangida. E ainda existe um desafio muito grande entre demanda e coleta. As duas coisas precisam conversar juntas. É preciso que haja uma descentralização do processo de reciclagem no Brasil, hoje está tudo concentrado em São Paulo e Rio de Janeiro”.

Como proposta para o aumento na coleta material reciclável, Victor Bicca disse que tem acompanhado algumas iniciativas, entre elas, o processo de coleta pré aterro. “Já que não temos uma coleta seletiva, organizada e abrangente, por que não capturar esse material na porta do aterro? Com isso, você consegue capturar esse material e você tem ali uma maneira de mandar isso para o reciclador.

Sobre o desafio tributário, ele comentou “quando você manda esse resíduo para outro Estado, isso paga um ICMS cheio que muitas vezes inviabiliza a venda do material”.

E por fim, Bicca apresentou uma campanha que está sendo feita pelo Ministério do Meio Ambiente, pela Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR) e pela Associação dos Catadores para que toda essa discussão de resíduos sólidos comece na Educação.

Em breve, confira a cobertura completa do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento ABRAS ESG 2024 no Programa SuperHiper ABRAS. Não perca, toda quinta-feira às 20h na ComBrasil e no canal do Youtube da ABRAS, e também na próxima edição impressa da revista SuperHiper.

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