Varejista consegue atrair clientes mais rápido que a concorrência no mercado americano, impulsionada pela busca dos consumidores por descontos
Por Renato Müller
As vendas online no varejo americano saltaram 5% no mês de outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a US$ 8,2 bilhões, impulsionadas por uma alta de 6% nos pedidos para retirada em loja. Os dados são da Bricks Meets Clicks e da Mercatus e indicam uma busca do público por opções mais econômicas, que façam seu dinheiro render mais.
Outro dado que reforça essa tendência é o crescimento de 29% no número de usuários ativos mensais em sites de varejistas de massa, sendo que o Walmart foi a empresa que mais se beneficiou dessa tendência. “A participação de mercado dos varejistas de massa subiu 11 pontos percentuais nos últimos 12 meses, ultrapassando a marca de 50% no mês passado”, afirma David Bishop, sócio da Bricks Meets Clicks.
A notícia não é positiva para os supermercadistas “puros”, que viram o número de pedidos em seus e-commerces cair quase 3% na comparação anual, em parte pela redução nos pedidos para entrega em casa, mas também com diminuição no “click and collect”. “Os supermercadistas, especialmente as redes regionais, enfrentam o desafio de melhorar a eficiência operacional do seu e-commerce em um período de um forte vento contrário vindo da economia e das pressões competitivas”, diz Bishop. Para Sylvain Perrier, CEO da Mercatus, para mitigar esses riscos as empresas precisam encontrar formas de diferenciar sua experiência de compra online, destacando produtos de marca própria, investindo em personalização e expandindo promoções e recompensas que envolvam o sampling de produtos.
