Movimentação é reflexo da estratégia da companhia para turbinar o consumo das marcas de maior valor agregado
O volume de cerveja vendida pelo grupo holandês no país, seu maior mercado, encolheu mais de 10% no terceiro trimestre, informou a companhia. O desempenho foi causado por um tombo de mais de 40% nas vendas do seu portfólio “econômico” — que inclui marcas como Glacial, Bavaria e Schin.
De acordo com a Heineken, os números são resultados de sua estratégica para turbinar o consumo das marcas premium.
“Os portfólios premium e mainstream cresceram fortemente, superando o mercado, impulsionados pelo fôlego contínuo de Heineken, Eisenbahn, Devassa e Amstel e pelo lançamento da Tiger”, explicou a marca em seu balanço.
Mas, em nota a clientes, a analista do Credit Suisse Marcella Recchia prevê que essa dinâmica proporcione ganho de participação de mercado à rival Ambev.
Há dois meses, a Heineken assumiu a distribuição no Brasil das marcas Heineken e Amstel. Essas cervejas eram distribuídas pelo Sistema Coca-Cola, que, por acordo firmado no início do ano após acirrada disputa arbitral, continuará responsável pela distribuição, até 2026, de Kaiser, Bavaria, Sol, Eisenbahn e, agora, também da novata Tiger.
O grupo também está investindo R$ 865 milhões em sua fábrica de Ponta Grossa (PR), em projeto de expansão focado no segmento premium.
Fonte: Renata Setti, O Globo