O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 2,04% em maio, em relação a abril, segundo monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Na comparação com maio de 2024, o crescimento foi de 3,98%. No acumulado do ano, o indicador apresenta elevação de 2,61%. Os dados, deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), consideram todos os formatos de supermercados.
O efeito sazonal do Dia das Mães, tradicionalmente relevante para o consumo das famílias, foi potencializado por medidas que ampliaram a renda disponível — tanto de forma contínua, como os reajustes salariais e as transferências regulares de renda, quanto pontual, a exemplo da gratificação natalina do INSS, cujos impactos financeiros se estenderam do final de abril ao início de maio.
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“Esse conjunto de fatores econômicos contribuiu para ampliar o consumo das famílias. Além das medidas de estímulo à renda, a desaceleração da inflação geral e a queda nos preços de itens essenciais — como arroz, leite e óleo de soja — ajudaram a sustentar o abastecimento dos lares no período”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
Entre os recursos que movimentaram a economia e deram suporte ao consumo em maio, destacam-se: o reajuste dos servidores públicos federais, com impacto estimado de R$ 17,9 bilhões; o pagamento da primeira parcela do 13º salário para aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS, com montante total estimado de R$ 73,3 bilhões; a continuidade do saque do PIS/Pasep, com previsão de liberação de R$ 30,7 bilhões ao longo de 2025; a liberação de R$ 2,9 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS, realizada pelo Conselho da Justiça Federal (CJF); o repasse de R$ 13,64 bilhões em transferências do Bolsa Família, alcançando 20,46 milhões de beneficiários; o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda, no valor de R$ 11 bilhões, contemplando 6,25 milhões de contribuintes (em 31/05).
