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Carrefour e Atacadão vão dividir espaço com o Sam´s Club

De Renata Ruiz
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Explorar melhor as áreas de vendas, aproveitar o tráfego de clientes e diluir os custos das lojas são o tripé do novo planejamento

Ainda esse ano, lojas do Carrefour e do Atacadão farão um “combo” com a Sam’s Club, marca adquirida pelo Grupo Carrefour em meados de 2022. O objetivo é diluir os custos das lojas, caso o projeto ganhe escala. As unidades que podem ser transformadas já estão sendo mapeadas, e as primeiras “inaugurações” tendem a ocorrer no Rio de Janeiro – na região da Barra da Tijuca – e em Porto Alegre (RS).

A reorganização precisa ocorrer de maneira que não cause ruído ao cliente. Por exemplo, na unidade do Atacadão na Barra, no Rio, o Atacadão tem 7 mil metros quadrados hoje e vai ficar com 4 mil. A área vai ganhar mais mil metros, assim, o Sam’s também terá 4 mil metros quadrados. Não muda tanto para o clube de compra, cuja maior loja tem 5 mil metros quadrados. Mas o Atacadão precisa repensar a disposição na loja, para que cliente não sinta a mudança.

“Há rateio de IPTU, por exemplo. Além disso, o uso de equipes internas, como limpeza e segurança, pode ser otimizado. Também há compartilhamento de áreas administrativas. É todo um processo de repensar a divisão dos espaços e tentar tirar mais deles, e explorar muito a força da localização das lojas”, diz Liliane Dutra, CEO da área imobiliária da companhia.

Vitor Faga, presidente do Sam’s no Brasil, diz que, entre as fortalezas do Sam’s, estão
a marca própria Member’s Mark e os produtos importados – o contrato de fornecimento com o Sam’s global foi mantido após acordo com o Walmart.

Faga diz que a marca própria, negócio com rentabilidade acima da média do varejo, era 16% da venda quando o Big foi comprado, e agora está perto de 20%. “Não vemos a Member’s Mark competindo com itens ‘primeiro preço’ dos hipermercados, por exemplo. Quem vem aos Sam’s já é fiel a certos produtos”, diz. “Vou dar um exemplo, desenvolvemos um azeite com preço competitivo, fabricado na Grécia, com aval do Sam’s nos EUA, e que só vendemos no Brasil. Também temos importação direta da marca Levi’s. Não há isso no Carrefour ou no Atacadão”.

Cerca de 85% dos clientes do clube de compras são pessoas físicas, a maioria de alta renda, e o restante, pessoas jurídicas. Já no Atacadão, 60% são pessoas jurídicas, de diferentes níveis de renda. Sobre os hipermercados, há volume representativo de compradores das classes C e D, fora do foco de Sam’s, cujo cliente paga anuidade de R$ 75. São 43 unidades no Brasil.

 

Com informações do Valor Econômico

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