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Alimentação no Reino Unido em 2016

De Administrador SH
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As redes alemãs de hard discount Aldi e Lidl estão ganhando market share no Reino Unido à custa das quatro grandes redes supermercadistas inglesas. O mercado já sofreu grande transformação em 2015 e vai mudar ainda mais este ano com a Amazon e seu programa de venda de alimentos online através da sua “mercearia” AmazonFresh.

Se os supermercados estavam achando a concorrência com Aldi e Lidl desconfortáveis, cuidado, pois a chegada da Amazon este ano, vai trazer ainda mais medo.O último relatório da ResearchFarm classificou a AmazonFresh como: “Um inovador serviço de entrega e plataforma que vai criar um novo ecossistema radical”. E explica por que.

A chegada da AmazonFresh ao Reino Unido é significativa porque o serviço é muito mais do que apenas um serviço de entrega de alimentos frescos, como já aconteceu nos EUA.
Irão operar junto com a Dash um sistema que permite ao consumidor reordenar pedidos por um dispositivo conectado diretamente na sua cozinha. Vários comerciantes de alimentos serão os fornecedores.

Assim enquanto a principal preocupação dos supermercados com os discounters tem sido o preço, a AmazonFresh traz novos desafios a eles oferecendo completa linha de mercearia e perecíveis e prazos de entrega de uma hora a um dia.
Buscam a lealdade dos compradores vendendo inclusive produtos frescos, congelados ou refrigerados para consumo imediato, pois podem entregar em até uma hora à medida que seu programa inclui diversos varejistas de alimentação espalhados pela cidade bem como inúmeros transformadores.
Acenam até em usar novas tecnologias como a da Prime Air que usará drones para as entregas.

Num momento em que os supermercados do Reino Unido estão tentando persuadir os clientes a voltar às suas lojas em detrimento dos discounters alemães, esta ameaça da AmazonFresh pode ser catastrófica para eles.
Desenvolver melhor suas vendas online poderia ser um contra ataque aos discounters, mas com a entrada da Amazon vão enfrentar um desafio muito maior.

O ano de 2016 pode testemunhar uma total desorganização do varejo em toda a ilha, pois a proposta do recém-chegado é ser o vendedor de tudo, um verdadeiro “one stop shopping” sem o consumidor precisar sair de sua casa e nem de sua cadeira.

*Antonio Carlos Ascar é estudioso das tendências mundiais do varejo de autosserviço. Graduado e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV (SP), e especialização em Empreendedorismo pela Babson College de Boston (EUA). É autor do livro Glossário Ascar de Termos Supermercadistas e do livro Distribuindo as Camisas, (à venda nos sites www.submarino.com.br e www.extra.com.br). Por 31 anos foi diretor executivo do Grupo Pão de Açúcar, implantou diversos formatos de loja como: Extra, Minibox, Superbox, Peg Faça, Express, entre outros. Atualmente é consultor e sócio diretor da Ascar & Associados, empresa de consultoria que atua na prestação de serviços a redes supermercadistas. Ascar é também consultor de varejo da Abras e articulista da revista SuperHiper, publicação da Abras. www.ascarassociados.com.br

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