Vendas de não alimentos caem 7% em novembro; consumidores batem recorde de compras em promoções e mostram disposição para esperar ofertas de última hora
Por Renato Müller
Ao que tudo indica, a temporada de Natal será um jogo de gato e rato entre os supermercadistas britânicos e os consumidores locais. Em novembro, as vendas de não-alimentos recuaram 7% na comparação anual, de acordo com dados da NielsenIQ, mostrando que o público está focado em economizar dinheiro e aguardar ofertas de última hora.
As vendas totais dos supermercados do Reino Unido avançaram 6,8% no mês passado, contra 8,7% em outubro. Já o número de itens vendidos teve uma queda de 0,9%, mostrando uma desaceleração do desempenho do setor no período de Black Friday. As categorias com melhor desempenho foram açougue e bomboniere, com altas de 10,1% e 10,2%, respectivamente.
As promoções foram responsáveis por 25% das vendas das redes supermercadistas, o maior índice desde fevereiro de 2020. As redes com melhor desempenho foram aquelas focadas em descontos, como Lidl e Aldi, cujas vendas saltaram 17,3% e 14,3% na comparação anual – mais um dado que reflete o comportamento “cinto apertado” dos consumidores.
A NielsenIQ acredita que os consumidores deverão aguardar até o último momento e projeta vendas de até US$ 6,3 bilhões na última semana antes do Natal, o que, se acontecer, será a melhor semana em vendas da história do varejo supermercadista do Reino Unido.
